SpaceX-Falcon 9 regressa à Terra depois de colocar Observatório Deep Space Climate em órbita

O foguetão Spacex-Falcon 9 que foi lançado de Cabo Canaveral amarou verticalmente no local programado depois de ter colocado no espaço um satélite científico que vai estudar o Sol.

Nuno Patrício, RTP /
Foto: Nasa/JPL

Enviar e depois recuperar com sucesso partes essenciais dos foguetões espaciais sempre foi um dos objetivos das empresas que enviam material para o espaço. E é precisamente com o programa SpaceX da NASA que esse objetivo é concretizado.

Lançado na quarta-feira do Cabo Canaveral, na Florida, o foguetão SpaceX- Falcon 9 realizou com sucesso o transporte de um satélite de observação, tendo regressado pouco depois para amarar no Atlantico, perto da área pré-programada.




A equipa de cientistas que acompanhou o voo do SpaceX explica que a cápsula do Falcon 9 amarou verticalmente, com segurança, a cerca de dez metros do local programado, devido ao mau tempo que se registava.

Um problema acrescido para a equipa da SpaceX, visto que a cápsula de retorno afundou-se por não ter uma base sólida no mar.

Apesar de a cápsula espacial não ter aterrado na plataforma instalada, como inicialmente previsto, a empresa acredita que se não fosse o mau tempo o foguete teria funcionado em pleno, descreve no Twitter Elon Musk, CEO da SpaceX.

Agora a SpaceX está a tentar recuperar o que resta do lançador e tem no local um navio projetado para operar em todas a condições meteorológicas.

A equipa já relatou que no local o tempo não está fácil. Há ondas com altura superior a três andares e contam apenas com três dos quatros motores do navio a funcionar. Pelo que o resgate do Falcon 9 em perfeitas condições é altamente improvável.
Observatório Deep Space Climate
Apesar do fracasso parcial no regresso da cápsula de lançamento do SpaceX- Falcon 9, o lançamento do Observatório espacial Deep Space Climate é encarado como um sucesso.

O Observatório é uma missão conjunta da NASA, da Força Aérea norte-americana e da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional e vai ser colocado no espaço profundo entre a Terra e o Sol, conhecido como ponto Lagrangian ou L1.

O Observatório Deep Space Climate é um satélite que vai observar a atividade solar, os seus efeitos na Terra, e que custou cerca de 340 milhões de dólares.

A viagem do Deep Space Climate vai durar cerca de 110 dias e já no local previsto, a cerca de 1,6 milhões de quilómetros da Terra, vai realizar durante os primeiros 40 dias da missão, testes com instrumentos existentes a bordo.


Conceção artística do DSCOVR no ponto de observação espacial L1 (Fonte:NOAA)

O Observatório lançado pela NASA faz parte de um projeto que visa a substituição de um satélite, cuja data de funcionamento já expirou há muitos anos.

A tarefa secundária do novo satélite é recolher dados científicos sobre os níveis de aerossóis, ozono e balanço de radiação na Terra.
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