Sri Lanka. Número de mortos sobe para 321. ONU condena ataques

por RTP
O Conselho de Segurança exortou todos os governos a cumprirem suas obrigações internacionais e a cooperarem ativamente com as autoridades do Sri Lanka Dinuka Liyanawatte - Reuters

O número de mortos nos ataques terroristas no Sri Lanka subiu para 321, segundo um novo balanço divulgado esta terça-feira pelas autoridades daquele país. Desde domingo foram efetuadas 40 detenções de suspeitos de ligação aos atentados. Na segunda-feira, o Conselho de Segurança da ONU condenou os atentados.

"O número de mortos dos atentados de domingo aumentou para 321", disse à agência de notícias Efe o porta-voz da polícia do Sri Lanka, Ruwan Gunasekara.

Os feridos são "mais de 500", acrescentou, admitindo a dificuldade em fornecer números exatos relativos às vítimas.

O anterior balanço, de segunda-feira, era de 290 mortos e 500 feridos.

O porta-voz da polícia deu ainda conta da detenção de 40 pessoas no decurso da investigação aos ataques atribuídos a um grupo extremista islâmico local, o National Thowheeth Jamaath.

No entanto, as autoridades do Sri Lanka acreditam que esta organização foi apoiada internacionalmente.

A capital do país, Colombo, foi alvo de pelo menos cinco explosões no domingo de Páscoa, em quatro hotéis de luxo e uma igreja.

Duas outras igrejas foram alvo de explosões, uma em Negombo e outra no leste do país.

A oitava explosão do dia ocorreu num complexo de vivendas em Dermatagoda. Grande parte dos ataques foi levada a cabo por bombistas suicidas, segundo revelaram as autoridades.

Entre as vítimas mortais das oito explosões de domingo há registo de 39 cidadãos estrangeiros, incluindo um português que residia em Viseu e se encontrava em viagem no Sri Lanka.
ONU defende condenação dos responsáveis
Entretanto, o Conselho de Segurança das Nações Unidas condenou na segunda-feira os ataques no Sri Lanka e defendeu a condenação dos responsáveis.

Numa declaração acordada pelos 15 membros, o Conselho de Segurança sublinhou que todos os que perpetraram, organizaram, financiaram ou apoiaram os ataques devem ser responsabilizados.

O Conselho de Segurança exortou todos os governos a cumprirem suas obrigações internacionais e a cooperarem ativamente com as autoridades do Sri Lanka.

O mesmo órgão das Nações Unidas enfatizou que "qualquer ato de terrorismo é criminoso e injustificável" e que todos os Estados devem combater organizações terroristas, usando "todos os meios", mas respeitando o Direito Internacional e os Direitos Humanos.

O Conselho de Segurança transmitiu também condolências às famílias das vítimas e ao Governo do Sri Lanka.

De igual forma, a presidente da Assembleia Geral da ONU, María Fernanda Espinosa, declarou-se "horrorizada" com os atentados e expressou a sua solidariedade com todas as pessoas afetadas.

c/ Lusa
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