Submarinos. Procurador israelita avança para acusar colaboradores de Netanyahu

por RTP
Baz Ratner, Reuters

O procurador israelita Shai Nitzan decidiu avançar para a acusação de dois funcionários de topo no staff do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e de um oficial superior da Marinha, por alegada corrupção nas compras de submarinos nucleares à Alemanha.

Segundo o Jerusalem Post, Nitzan tenciona acusar David Shimron, primo de Netanyahu, seu muito próximo colaborador e seu advogado, bem como David Sharan, anteriormente chefe de gabinete do primeiro-ministro. Shimron será acusado de lavagem de dinheiro, ao passo que Sharan deverá responder por suborno, lavagem de dinheiro, abuso de confiança e violação das leis sobre financiamento das campanhas eleitorais.

A acusação contra vários membros do círculo de Netanyahu já fora recomendada pela polícia em novembro de 2018, mas sem que o primeiro-ministro já estivesse nessa altura, ele próprio, incluído na recomendação. Posteriormente, a polícia começou a investigar possíveis ligações de Netanyahu ao esquema das compras de submarinos.

Além de Shimron e Sharan, deverá ser agora formalmente acusado no âmbito do processo dos submarinos o antigo chefe de Estado Maior da Marinha, Eliezer Marom, por lavagem de dinheiro e crimes fiscais.

Outros acusados são Rami Taib e Yitzhak Liberos, ambos ajudantes do ex-ministro Yuval Steinitz, bem como o ex-ministro Eliezer Zandburg e Miki Ganor, a primeira testemunha a fazer revelações decisivas sobre o modus operandi da corrupção, que posteriormente recuou desses decisivos depoimentos.

À imprensa israelita que acompanha o processo, chamou a atenção que não fossem mencionados entre os nomes a acusar o do confidente de Netanyahu Yitzhak Molcho e do antigo vice-conselheiro de Segurança Nacional Avriel Bar Yosef. Mas o procurador fez saber que os casos de "outros réus serão tratados numa decisão à parte".
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