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Suécia chama embaixador do Equador
Estocolmo exige ao Equador que explique a decisão de conceder asilo político a Julian Assange. Chamou por isso o embaixador equatoriano ao ministério sueco dos Negócios Estrangeiros, considerando ainda "inaceitáveis" as considerações do responsável da diplomacia do Equador sobre o sistema judicial sueco. Por seu lado, Assange saudou a decisão do governo equatoriano. O fundador do Wikileaks foi formalmente acusado pela justiça sueca de crimes de natureza sexual.
"É uma vitória importante para mim e para quem me rodeia", declarou o fundador do Wikileaks ao pessoal da embaixada, afirma a agência France Press. Julian Assange reconhece apesar disso que "as coisas vão agora tornar-se mais stressantes".
Assange, de 41 anos, terá de permanecer dentro da embaixada equatoriana de Londres, já que, se sair, será detido pela polícia britânica. O Reino Unido já disse que recusa qualquer salvo-conduto que autorize Assange a partir.
"Nós não daremos ao sr Assange salvo-conduto para abandonar o Reino Unido nem temos qualquer base legal para o fazer", afirmou ao fim da tarde o ministro britânico dos Negócios estrangeiros, William Hague.
"O Reino Unido não reconhece as bases do asilo político", acrescentou Hague, garantindo ainda que não há planos para uma invasão da embaixada equatoriana em Londres, hipótese que terá sido equacionada.
Hague admite que o impasse poderá prolongar-se por muito tempo. "Agora é uma questão de diplomacia e de política" considerou a advogada britânica Rebecca Niblock.
O fundador do Wikileaks está refugiado na embaixada do Equador em Londres desde 19 de junho, alegando que o processo de violação e de ataque sexual contra duas mulheres de que é acusado na Suécia tem motivações políticas, recusando por isso ser extraditado. Impasse
Em comunicado logo depois de Quito anunciar que iria conceder asilo político a Assange, a diplomacia britânica afirmou-se "desapontada" e sublinhou que a decisão "não altera nada".
"Conforme a legislação britânica e tendo o sr Assange esgotado todas as suas opções de apelo, as autoridades britânicas estão obrigadas a extradita-lo para a Suécia. E iremos cumprir essa obrigação", afirmou um porta-voz do ministério britânico dos Negócios Estrangeiros.
"A decisão do governo equatoriano não altera nada quanto a isto", acrescenta o texto da diplomacia britânica.
Suécia chama embaixador
Já a Suécia repudiou com firmeza a acusação equatoriana de que não irá garantir a defesa de Assange.
"O nosso sistema jurídico e constitucional sólido garante os direitos de todos e de cada um. Rejeitamos firmemente toda a acusação que implique o contrário", afirmou o ministro sueco dos Negócios Estrangeiros Carl Bildt, na sua conta twitter.
"O embaixador do Equador é esperado no ministério tão breve quanto possível. As acusações que o ministro equatoriano dos Negócios Estrangeiros formulou são graves e é inaceitável que o Equador queira deter o processo judicial sueco e a cooperação judicial europeia", declarou o porta-voz do ministério sueco dos Negócios Estrangeiros, Anders Jörle, à AFP.
Julian Assange é o principal responsável pela publicação, no portal Wikileaks, de informações confidenciais que embaraçaram vários Estados ocidentais, em especial os Estados Unidos e afirma recear vir a ser entregue pela Suécia às autoridades norte-americanas.
Assange, de 41 anos, terá de permanecer dentro da embaixada equatoriana de Londres, já que, se sair, será detido pela polícia britânica. O Reino Unido já disse que recusa qualquer salvo-conduto que autorize Assange a partir.
"Nós não daremos ao sr Assange salvo-conduto para abandonar o Reino Unido nem temos qualquer base legal para o fazer", afirmou ao fim da tarde o ministro britânico dos Negócios estrangeiros, William Hague.
"O Reino Unido não reconhece as bases do asilo político", acrescentou Hague, garantindo ainda que não há planos para uma invasão da embaixada equatoriana em Londres, hipótese que terá sido equacionada.
Hague admite que o impasse poderá prolongar-se por muito tempo. "Agora é uma questão de diplomacia e de política" considerou a advogada britânica Rebecca Niblock.
O fundador do Wikileaks está refugiado na embaixada do Equador em Londres desde 19 de junho, alegando que o processo de violação e de ataque sexual contra duas mulheres de que é acusado na Suécia tem motivações políticas, recusando por isso ser extraditado. Impasse
Em comunicado logo depois de Quito anunciar que iria conceder asilo político a Assange, a diplomacia britânica afirmou-se "desapontada" e sublinhou que a decisão "não altera nada".
"Conforme a legislação britânica e tendo o sr Assange esgotado todas as suas opções de apelo, as autoridades britânicas estão obrigadas a extradita-lo para a Suécia. E iremos cumprir essa obrigação", afirmou um porta-voz do ministério britânico dos Negócios Estrangeiros.
"A decisão do governo equatoriano não altera nada quanto a isto", acrescenta o texto da diplomacia britânica.
Suécia chama embaixador
Já a Suécia repudiou com firmeza a acusação equatoriana de que não irá garantir a defesa de Assange.
"O nosso sistema jurídico e constitucional sólido garante os direitos de todos e de cada um. Rejeitamos firmemente toda a acusação que implique o contrário", afirmou o ministro sueco dos Negócios Estrangeiros Carl Bildt, na sua conta twitter.
"O embaixador do Equador é esperado no ministério tão breve quanto possível. As acusações que o ministro equatoriano dos Negócios Estrangeiros formulou são graves e é inaceitável que o Equador queira deter o processo judicial sueco e a cooperação judicial europeia", declarou o porta-voz do ministério sueco dos Negócios Estrangeiros, Anders Jörle, à AFP.
Julian Assange é o principal responsável pela publicação, no portal Wikileaks, de informações confidenciais que embaraçaram vários Estados ocidentais, em especial os Estados Unidos e afirma recear vir a ser entregue pela Suécia às autoridades norte-americanas.