Suécia e Finlândia tentam convencer Turquia a aceitá-las na NATO

por Lusa
O presidente turco está disposto a ouvir as intenções de suecos e finlandeses na pretensão de aderirem à NATO Serviço de imprensa da presidência turca via EPA

Delegações da Suécia e da Finlândia deslocam-se esta quarta-feira a Ancara na esperança de convencer a Turquia a retirar a sua oposição às candidaturas dos dois países nórdicos à NATO.

Isto no mesmo dia em que o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, visita os dois países nórdicos, tendo na agenda reuniões com as primeiras-ministras sueca e finlandesa, Magdalena Andersson e Sanna Marin, respetivamente.

Historicamente não-alinhados, Suécia e Finlândia há vários anos que colaboram com a NATO, mas a invasão russa da Ucrânia levou os governos dos dois países nórdicos a repensarem o seu posicionamento face à Aliança Atlântica e a avançarem com o pedido de adesão.

A adesão à NATO obriga o país candidato a um verdadeiro exame de entrada, durante o qual deve convencer todos os atuais 30 Estados-membros, onde figura a Turquia que já manifestou várias e sérias reservas, do seu contributo para a segurança coletiva e da sua capacidade de cumprir as obrigações.

A entrada na NATO implica aprovação por unanimidade dos atuais Estados-membros.

A Turquia há muito que acusa os países nórdicos, em particular a Suécia que possui uma importante comunidade de imigrantes turcos, de garantir abrigo a militantes curdos e a apoiantes do clérigo islâmico Fethullah Gülen, acusado de ter orquestrado a tentativa de golpe de Estado de julho de 2016.

Segundo a diplomacia turca, Ancara preparou um “projeto de acordo” que servirá de base às discussões com Estocolmo e Helsínquia e pretende “garantias” que podem ser fornecidas num acordo oficial e assinado.

c/Lusa

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