Delegações da Suécia e da Finlândia deslocam-se esta quarta-feira a Ancara na esperança de convencer a Turquia a retirar a sua oposição às candidaturas dos dois países nórdicos à NATO.
Suécia e Finlândia tentam convencer Turquia a aceitá-las na NATO
Historicamente não-alinhados, Suécia e Finlândia há vários anos que colaboram com a NATO, mas a invasão russa da Ucrânia levou os governos dos dois países nórdicos a repensarem o seu posicionamento face à Aliança Atlântica e a avançarem com o pedido de adesão.
A adesão à NATO obriga o país candidato a um verdadeiro exame de entrada, durante o qual deve convencer todos os atuais 30 Estados-membros, onde figura a Turquia que já manifestou várias e sérias reservas, do seu contributo para a segurança coletiva e da sua capacidade de cumprir as obrigações.
A entrada na NATO implica aprovação por unanimidade dos atuais Estados-membros.
A Turquia há muito que acusa os países nórdicos, em particular a Suécia que possui uma importante comunidade de imigrantes turcos, de garantir abrigo a militantes curdos e a apoiantes do clérigo islâmico Fethullah Gülen, acusado de ter orquestrado a tentativa de golpe de Estado de julho de 2016.
Segundo a diplomacia turca, Ancara preparou um “projeto de acordo” que servirá de base às discussões com Estocolmo e Helsínquia e pretende “garantias” que podem ser fornecidas num acordo oficial e assinado.
c/Lusa