Suíços dizem sim com 52 por cento à entrada no espaço Schengen

O acordo de Schengen/Dublin deverá ser aceite pelos suíços por uma curta maioria de 52 por cento, segundo as primeiras projecções do instituto Gfs divulgadas hoje pela rádio- televisão suíça e baseadas em resultados de 14 dos 26 cantões suíços.

Agência LUSA /

O referendo sobre a participação na Europa sem fronteiras instaurada por Schengen-Dublim ocorre alguns dias após dois escrutínios que rejeitaram o tratado constitucional europeu na França e nos Países Baixos.

Schengen suprime os controlos sistemáticos de pessoas nas fronteiras (excepto nos aeroportos), mas em contrapartida implica uma cooperação policial e judicial reforçada.

Os acordos de Dublin prevêem que um pedido de asilo que seja recusado por um dos países membros não pode ser apresentado a um outro Estado, o que eliminaria 20 por cento dos requerimentos feitos na Suíça.

O espaço Schengen, instaurado em 1995, compreende de momento 13 países membros da UE (a Grã-Bretanha e a Irlanda fazem parte dos 12 países da UE que não pertencem ao espaço Schengen), mais a Noruega e a Islândia.

Schengen e Dublin fazem parte dos acordos bilaterais assinados em 2004 pela Suíça com a União Europeia, da qual não faz parte.

A última sondagem, publicada em 25 de Maio, dava 55 por cento ao "sim", mas com nítido aumento do "não" (35 por cento).

Paralelamente, os suíços pronunciaram-se hoje sobre um projecto de "parceria registada" para casais homossexuais, aprovado há um ano pelo parlamento suíço.

Esta escolha deverá ser aceite por 60 por cento dos eleitores, de acordo com as estimativas do mesmo instituto. Ela dá aos dois parceiros um reconhecimento jurídico, mas proíbe-lhes adoptar uma criança ou recorrer à procriação medicamente assistida.

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