Os suíços votaram este domingo um referendo sobre a imposição de restrições à imigração para cidadãos da União Europeia, tendo rejeitado a proposta da iniciativa popular lançada pela direita populista. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, considerou que o resultado da votação é “um sinal positivo” para aprofundar relações.
Os eleitores rejeitaram por 61,7% a iniciativa popular lançada pela direita populista do SVP, avança a agência France-Presse. Este que é o maior partido do país denuncia a "imigração descontrolada e desproporcional" e argumenta que os empregos na Suíça estão ameaçados pelo Acordo de Livre Circulação de pessoas, assinado em 1999 com a União Europeia.
A proposta que foi rejeitada, "Iniciativa para uma Imigração Moderada", queria que o Governo suíço suspendesse esse acordo bilateral existente com a UE sobre a livre circulação de pessoas e que assumisse o controlo total da política de imigração do país.
Em comunicado, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, considerou positivo o resultado da votação.
"O voto dos suíços valida um dos pilares centrais da nossa relação: a liberdade mútua de circular, viver e trabalhar na Suíça e na União Europeia. Saúdo este resultado. Vejo-o como um sinal positivo para continuar a consolidar e aprofundar nosso relacionamento", afirmou.
Cerca de 1,4 milhão de cidadãos da União Europeia vivem na Suíça e cerca de 450.000 suíços vivem em países da União Europeia. Há ainda cerca de 320.000 cidadãos da União Europeia cruzam a fronteira todos os dias para trabalhar na Suíça, acrescenta a presidente do executivo europeu.