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Superfície de Marte totalmente fotografada por sonda chinesa

por Carla Quirino - RTP
Agência Espacial Nacional da China

O planeta vermelho foi todo registado em imagem pela sonda chinesa Tianwen-1. Depois de um ano na superfície de Marte, a Agência Espacial Chinesa (CNSA) anunciou que a sonda tinha completado todas as tarefas, incluindo a captura de imagens de média resolução de todo o planeta.

O registo fotográfico da paisagem marciana mostra dunas vermelhas com poeira, vulcões, crateras de impacto, a camada de gelo do pólo sul e os penhascos e cordilheiras dos Valles Marineris, um dos maiores desfiladeiros (canyon no inglês) do nosso sistema solar.
Imagem: Agência Espacial Chinesa

É o resultado das tarefas da sonda Tianwen-1. O nome que atribuído à sonda significa "busca da verdade celestial", tendo sido lançada em 2020, pousando em Marte durante maio de 2022.

O rover Zhurong que seguia a bordo iniciou sua missão de patrulha e exploração da superfície marciana enquanto o módulo em órbita estabelecia e retransmitia as comunicações entre o veículo de exploração e a Terra.

Num comunicado, a Agência Espacial Chinesa (CNSA) explicou que a Tianwen-1 tinha concluído os objetivos desta fase, nomeadamente, a captura de imagens de média resolução que cobrem todo o planeta.
 Imagem: Agência Espacial Chinesa 

As imagens foram registadas pelo módulo em órbita que circundou Marte 1.344 vezes em 706 dias, captando o planeta vermelho de todos os ângulos, numa acção combinada com o rover que explorava a superfície, indicou a CNSA.

O veículo de superfície com seis rodas transportou instrumentos científicos para reunir informações sobre a estrutura geológica, atmosfera, meio ambiente e solo de Marte.

De acordo com a CNSA, "a sonda recolheu 1.040 gigabytes de dados científicos brutos, que foram processados por cientistas na Terra e entregues a equipas de investigação para estudos adicionais". 
Imagem: Agência Espacial Nacional da China

A agência acrescentou que as informações de voo do módulo em órbita foram partilhadas com a NASA e com a Agência Espacial Europeia (ESA); os dados científicos estarão disponíveis para cientistas internacionais "no momento apropriado".

O rover entrou em modo inativo a 18 de maio e assim permanecerá durante o inverno marciano, que se caracteriza por baixas temperaturas e más condições, com areias e poeira à mistura.
Imagem: Agência Espacial Nacional da China

A CNSA espera o despertar do equipamento em dezembro, mês que corresponde ao início da primavera em Marte.
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