Superlua. O que é?

A Lua desta segunda-feira vai ser a maior e mais brilhante desde 1948. O fenómeno conhecido por Superlua resulta de uma aproximação do satélite natural à Terra que só voltará a atingir proporções semelhantes daqui a 18 anos. A melhor altura para observar a Lua será no momento do seu nascimento, às 17h49, e o local recomendado pelo Observatório Astronómico de Lisboa (OAL) é o Parque das Nações, junto à Torre Vasco da Gama.

RTP /
Leonhard Foeger - Reuters

O termo Superlua foi criado em 1979 pelo astrólogo norte-americano Richard Nolle. No entanto, o nome científico deste fenómeno pode ser traduzido por Lua Cheia no Perigeu (ou Perigeu-Syzygy) e é o resultado de dois acontecimentos astronómicos em simultâneo: o perigeu (quando a Lua, no percurso da sua órbita, está mais próxima da Terra) e a entrada na fase de Lua Cheia.

O syzygy é a expressão grega que descreve o alinhamento quase perfeito dos três corpos celestes – a Terra, o Sol e a Lua - num sistema gravitacional.Terça-feira às 18h40, quando a Lua voltar a nascer, continuará a parecer maior e mais brilhante que o costume.

Em Portugal, o satélite natural atingiu o perigeu às 11h22 e alcançou uma distância da Terra de 356.509 quilómetros. Às 13h52 iniciou a fase de Lua Cheia e, às 17h49, vai nascer. Nessa altura a Superlua vai estar próxima do horizonte, sendo criada uma ilusão de ótica que faz com que pareça ainda mais ampliada por comparação com objetos terrestres.

A Lua vai ter uma cor alaranjada quando nascer e, ao "subir", voltará ao tom habitual. O fenómeno da Superlua não é invulgar, ocorrendo várias vezes ao longo do ano. No entanto, o brilho e tamanho aparentes nem sempre são iguais.

Este é um fenómeno astronómico raro que visualmente se traduz numa Lua "enorme" designada como superlua. Este acontecimento dá-se devido à conjugação de fatores únicos como o maior perigeu e lua cheia. Só voltará a acontecer em 2034.


Com a alteração dos alinhamentos do Sol e da Lua, é possível que as marés sejam afetadas. A aproximação da Superlua à Terra pode intensificá-las e fazer com que as ondas ganhem mais altura do que o normal.

Apesar de, aparentemente, a Lua apresentar um diâmetro de 13 a 14 por cento maior do que o original e um aumento de brilho de 29 a 30 por cento, o OAL refere, no website oficial, que estes valores apenas são comparáveis com os “de uma Lua Cheia no apogeu da órbita”, algo que acontece muito raramente.

Assim sendo, seria mais correto afirmar que o satélite natural apenas vai parecer sete por cento maior e 15 por cento mais brilhante.

A próxima Lua Cheia a aproximar-se tanto da Terra apenas nascerá no dia 6 de dezembro de 2052.
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