Suspeito do atentado no metro de São Petersburgo é do Quirguistão

por RTP
Maxim Shemetov - Reuters

O principal suspeito do atentado bombista que na segunda-feira provocou pelo menos 14 mortos e cerca de 50 feridos no metro de São Petersburgo é Akbarzhon Jalilov, um cidadão do Quirguistão, com 23 anos, que obteve nacionalidade russa. A informação foi avançada pelos serviços secretos quirguizes, que não confirmam se o homem morreu no atentado.

As informações deste atentado têm sido contraditórias, desde logo sobre a forma como Akbarzhon Jalilov terá executado o ataque de segunda-feira. Os serviços de segurança já vieram mesmo desmentir que tenha havido um par de explosões em diferentes estações de metro.

Os media estatais do Quirguistão, citados pela BBC, dizem que a agência de informações do país “está em contacto com os serviços secretos russos para aprofundar a investigação”.

Entretanto, as autoridades de São Petersburgo declararam três dias de luto pelas vítimas do ataque, que continua por reivindicar.

A explosão desta segunda-feira na rede do metro de São Petersburgo, na Rússia, provocou mais de uma dezena de mortos, entre os quais uma criança.


Sabe-se que na segunda-feira Donald Trump telefonou a Putin para lhe garantir "total apoio" na procura dos responsáveis pelo atentado, para que possam ser capturados e julgados.

“Tanto o Presidente Trump como o Presidente Putin concordaram que o terrorismo deve ser derrotado de forma rápida e decisiva", indicou a Casa Branca em comunicado.

Também a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, descreveu o atentado como um "ato bárbaro". Por sua vez, a chefe da diplomacia da União Europeia Federica Mogherini enviou as condolências ao povo russo.

Segundo a BBC, as primeiras imagens do local mostram um comboio parado na estação Tekhnologichesky Institut, com um buraco num dos lados de uma carruagem e passageiros feridos na plataforma."Houve apenas uma explosão"
Inicialmente tinham sido noticiadas duas explosões, uma naquela estação e outra na de Sennaya Ploshchad, uma informação desmentida pela Comissão Nacional Russa Antiterrorismo (CNAT). "Houve apenas uma explosão" entre aquelas duas estações, pelas 14h30 locais (12h30 em Lisboa).
O chefe da CNAT, Andrei Przhezdomsky, indicou que a explosão foi causada por "um engenho não-identificado". A descoberta de outro engenho semelhante na estação de Ploshchad Vosstaniya, antes de detonar, sugere que este poderia ser um ataque coordenado.
A investigadora Svetlana Petrenko explicou ainda que o facto de o maquinista ter decidido seguir viagem terá ajudado a salvar vidas, por ter permitido que as pessoas fossem socorridas com maior rapidez.

A agência russa Interfax diz que agora a prioridade é apurar se o suspeito de 23 anos mantinha ligações a grupos radicais islâmicos. Foi esta agência a primeira a noticiar que o homem era um bombista suicida e que a sua identidade foi apurada em análises aos seus restos mortais.

Contudo, o porta-voz de Putin, Dmitry Peskov, recusou-se a confirmar esta versão. Outra agência de notícias russa, a Tass, está a avançar que uma mulher pode ter estado envolvida no ataque.
O sistema de metro de São Petersburgo é usado diariamente por mais de dois milhões de passageiros e nunca tinha sido palco de atentados terroristas, ao contrário da capital russa.

Recorde-se que, em 2010, 38 pessoas morreram num duplo atentado suicida executado no metro de Moscovo. Um ano depois, 27 pessoas morreram e outras 130 ficaram feridas na sequência da explosão de uma bomba num comboio de alta velocidade.

Estes dois ataques mais recentes acabaram por ser reivindicados por grupos islamitas.

Já esta terça-feira houve uma nova ameaça de bomba no metro de São Petersburgo, na Rússia. Uma chamada anónima levou ao encerramento da estação de Sennaya Ploshchad, mas não terá passado de um falso
alarme e a circulação já foi restabelecida.
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