Taiwan pede a cidadãos que não viajem para Hong Kong ou Macau no Ano Novo Lunar

por Lusa
Autoridades de Taiwan lançam avisos à população Gonçalo Lobo Pinheiro - Lusa

Taiwan voltou a recomendar à população que não viaje para as regiões semiautónomas chinesas de Hong Kong ou Macau durante o período do Ano Novo Lunar, devido a "possíveis riscos para a segurança".

O Conselho de Assuntos Continentais (MAC, na sigla em inglês) de Taiwan lembrou que o alerta de viagem para os dois territórios permanece no "nível laranja", o segundo nível mais elevado.

O órgão responsável pelas relações com a China justifica o alerta "tendo em conta as alterações à situação em Hong Kong e Macau e em resposta às leis e regulamentos locais e os métodos de aplicação das leis".

"Os cidadãos são aconselhados a evitar viagens não essenciais" às duas cidades, incluindo em trânsito, devido a "possíveis riscos para a segurança e direitos individuais", acrescentou o MAC, num comunicado.

O Ano Novo Lunar é a principal festa das famílias chinesas, equivalente ao Natal nos países ocidentais, e este ano em Taiwan inclui um período de nove dias de feriados entre 25 de janeiro a 2 de fevereiro.

Ações preventivas a adotar

O MAC aconselhou a população a registar-se, com antecedência, numa base de dados criada para os taiwaneses que viajem para a China continental, Hong Kong ou Macau e recordou que existem linhas telefónicas diretas para apoiar os cidadãos.

Embora não seja obrigatório, o número de taiwaneses que fizeram o registo de viagens para território chinês entre janeiro e outubro de 2024 aumentou cerca de 14 vezes em comparação com o ano anterior, de acordo com dados divulgados pelo organismo em dezembro.

Os registos para Hong Kong e Macau "ultrapassaram cinco vezes o total do mesmo período do ano passado", disse o MAC.

A China "continuou a adotar e a alterar as leis de segurança nacional, o que levou a vários incidentes, envolvendo a detenção arbitrária, a prisão e interrogatório de cidadãos taiwaneses na China continental, Hong Kong e Macau", referiu o organismo.

No início de junho, ao anunciar um agravamento das penas previstas no Código Penal, a China ameaçou executar os separatistas independentistas de Taiwan em "casos extremos".

 

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