Taliban lançam ataque coordenado contra Cabul
Os Taliban reivindicam o lançamento coordenado de ataques por bombistas-suicídas contra a capital afegã levando militantes seus a fazerem-se explodir em bancos, centros comerciais e até edifícios governamentais.
O balanço provisório do ataque contabiliza cinco mortos civis. A meio da manhã os porta-vozes do ministério da Defesa e do Interior, Mohammad Zahir Azimi e Zemaray Bashary, respectivamente, já tinham anunciado a morte de pelo menos uma criança, um polícia e um soldado. Vinte e oito pessoas, das quais 18 civis e 10 membros das forças de segurança ficaram feridos em resultado desta acção coordenada reivindicada pelo movimento rebelde taliban.
Em relação aos islamistas radicais que participaram na acção terrorista em pleno centro da capital afegã, sabe-se que dois deles terão sido detidos e outros dois morreram durante o ataque. Os edifícios visados pelos ataques e onde os terroristas chegaram a entrar foram quase todos retomados pelas forças governamentais. A meio da manhã desta segunda-feira, existia ainda uma bolsa de resistência dos Taliban no centro da cidade perto do cinema, de acordo com o ministro do Interior, Zemaray Bashary.
Mais de 200 militares foram destacados para enfrentar este ataque. O emissário norte-americano para a região já qualificou o ataque como "impiedoso".
"Não é surpreendente que os taliban actuem assim. Eles estão desesperados. As pessoas que cometem estes actos não sobreviverão certamente ao ataque e não serão bem sucedidos", afirmou aos jornalistas em Nova Deli o emissário norte-americano para o Afeganistão e o Paquistão, Richard Holbrooke.
As forças da Nato colaboram com as forças de segurança afegãs no combate ao ataque taliban e na reposição da calma e paz na capital. O Presidente da República do Afeganistão, Hamid Karzai, já veio garantir que a segurança já foi garantida e reposta em Cabul.
Os "Estudantes de Teologia", conhecidos como Taliban, reivindicam o ataque que, afirmam em comunicado, integra 20 bombistas - suícidas e grupos de homens armados e visa, não a tomada militar da capital, mas a afirmação de que o movimento pode atacar quando e onde quiser, em desafio de qualquer alegada autoridade que não reconhecem. O ataque acontece dez dias antes do Presidente afegão Hamid Karzai oparticipar numa conferência unternacional em Londres sobre o futuro do Afeganistão.
Os militares portugueses em Cabul, encontram-se bem, de acordo com Ramos Oliveira, porta-voz do Estado Maior General das Forças Armadas.Estão acantonados nos seus quartéis e não estão no centro das movimentações militares desta segunda-feira.