Tempestade em Moçambique. Portugal disponível para ajudar

por RTP

Marcelo Rebelo de Sousa falou ao telefone com o Presidente de Moçambique para lhe transmitir a vontade de Portugal em ajudar o país a recuperar depois da passagem do ciclone Idai pelo território. Teme-se que mais de mil pessoas possam ter morrido por causa da tempestade.

Em nota publicada no site, a Presidência da República diz que Marcelo Rebelo de Sousa falou ao telefone com o congénere moçambicano "na sequência da mensagem de solidariedade que já tinha enviado".

O Presidente da República inteirou-se "em detalhe dos efeitos do ciclone Idai no centro de Moçambique e particularmente na Cidade da Beira, com um balanço bem mais trágico e dramático do que incialmente estimado, quer em enormes perdas de vidas humanas e de feridos, quer em destruições e perdas de bens".

Nesse sentido, Marcelo Rebelo de Sousa comunicou que "Portugal procurará contribuir ao esforço de ajuda e reconstrução, quer diretamente, quer através da União Europeia e das Nações Unidas, exprimindo ao Povo irmão moçambicano e a todos quantos, em particular portugueses, foram afetados por esta grande tragédia".

Mais de mil mortos

Esta segunda-feira, o Governo português informou que "até agora não há registo de cidadãos portugueses mortos, feridos ou em situação de perigo" devido à passagem do ciclone Idai em Moçambique, mas "várias dezenas perderam casas e bens".

O Presidente moçambicano confirmou ontem, em conferência de imprensa, que os dados oficiais indicam que 84 pessoas morreram. Um número ainda provisório uma vez que Filipe Nyusi logo acrescentou que, perante o cenário, teme que mais de 1000 pessoas possam ter perdido a vida por causa da passagem do ciclone.

Ao todo, a tempestade terá afetado no país 600 mil pessoas, incluindo 260 mil crianças. Imagens aéreas divulgadas pela Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho revelam a dimensão da tragédia.



O ciclone, com fortes chuvas e ventos de até 170 quilómetros por hora atingiu a Beira, a quarta maior cidade de Moçambique, na quinta-feira à noite, deixando os cerca de 500 mil residentes sem energia e linhas de comunicação.



No Maláui, as estimativas do Governo apontam para que tenham sido afetadas mais de 920 mil pessoas nos 14 distritos afetados, incluindo 460 mil crianças. Há registos de pelo menos 56 mortos e 577 feridos.

No Zimbabué, a avaliação das autoridades apontava para cerca de 1.600 casas e oito mil pessoas afetadas no distrito de Chimanimani, em Manicaland, com registos de 82 mortes e 217 pessoas desaparecidas.

C/ Lusa

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