Com percentagens “normais, de acordo com a regulação e protocolos de verificação”, a tese de Pedro Sánchez passou em dois programas de deteção de plágio, afiança o executivo espanhol. A tese de doutoramento irá ser disponibilizada online esta sexta-feira.
O governo espanhol emitiu esta sexta-feira um comunicado sobre o caso de plágio de Pedro Sánchez. A tese de doutoramento foi submetida a análise através de dois programas de deteção de plágio, Turnitin e PlagScan.
“Depois da análise da tese de doutoramento que foi apresentada pelo presidente do Governo, Pedro Sánchez, em 2012, a avaliação feita pelas ferramentas Turnitin e PlagScan determinaram o conteúdo original da tese, que facilmente passa pelos sistemas de correspondência de texto”, diz o comunicado.
As percentagens de correspondência com textos existentes apontadas pelos programas foram, respetivamente, 13% no Turnitin e 0.96% no PlagScan. “Existe um grande consenso no mundo académico que considera que estas são percentagens normais, de acordo com a regulação e protocolos de verificação”.
No seguimento da acusação de plágio esta semana, por parte de Albert Rivera, líder do Ciudadanos, a Universidad Camilo José Cela, em Madrid, iniciou uma investigação para comprovar a veracidade da acusação. Esta investigação levou a Universidade a descartar a hipótese de plágio.
O primeiro-ministro espanhol afirmou na sua conta do Twitter que a tese de doutoramento irá ser disponibilizada na íntegra, de forma a combater as críticas sobre a originalidade do trabalho. A cópia física do trabalho académico encontra-se disponível na biblioteca da Universidad Camilo José Cela.
Face à publicação das acusações de plágio na comunicação social, Pedro Sánchez comentou na quinta-feira no Twitter que as informações divulgadas eram “rotundamente falsas”.
Las informaciones aparecidas en algún medio de comunicación que sostienen la existencia de plagio en la redacción de mi tesis doctoral son rotundamente FALSAS.
— Pedro Sánchez (@sanchezcastejon) September 13, 2018
Emprenderé acciones legales, en defensa de mi honor y dignidad, si no se rectifica lo publicado.
Este não é o primeiro caso de acusação de plágio esta semana no governo espanhol. O caso de Pedro Sánchez segue o de Carmen Montón, ministra da Saúde. Montón pediu a demissão após terem sido comprovadas situações de plágio na sua dissertação de mestrado.
O jornal El País aponta como uma das irregularidades no caso da ex-ministra da Saúde o facto de esta não ter completado as unidades curriculares necessárias aquando a data indicada da entrega da tese.
A ministra da Saúde vai ser substituída por Maria Luisa Carcedo.