Testemunha da autópsia nega gravidez de princesa Diana
Uma testemunha da autópsia ao corpo de Diana de Gales negou a gravidez da princesa aquando da sua morte em 1997, contrariando a hipótese avançada pelo pai do seu noivo na época, o milionário egípcio Mohamed Al-Fayed.
"Não vi no corpo nenhuma prova de gravidez e de facto o médico legista disse-me que ela não estava grávida", declara Robert Thompson, director da morgue de Londres, na qual foi feito o exame ao cadáver, no documentário "Quem matou Diana?", que a televisão britânica Sky One emitirá segunda-feira, e cujo conteúdo é adiantado pela imprensa britânica de hoje.
Al-Fayed mantém que o acidente automobilístico que acabou com a vida de Lady Di em 1997, em Paris, se deveu a uma conspiração orquestrada pela família real britânica, porque a princesa estava grávida de seu filho, Dody Al-Fayed, que também morreu no acidente.
Segundo o milionário egípcio, antes de ser transladado para o Reino Unido, o cadáver de Diana foi embalsamado em França, para eliminar provas da gravidez.
No entanto, Thompson assegura que o embalsamamento da princesa não foi completo, já que apenas cobriu a parte superior do corpo por motivos estéticos, para garantir o bom aspecto do rosto de Lady Di.
No documentário intervém também Frederic Mailliez, o médico francês que assistiu Diana minutos após o acidente, que nega a versão de Al-Fayed de que a princesa declarou o seu amor por Dodi antes de falecer.
"Quando cheguei [ao local do acidente], ela não estava consciente. Apenas gemia e mexia as mãos e os braços em todas as direcções. Isso demonstrava que sentia dor, mas não conseguiu pronunciar uma palavra", assinala Mailliez.
Diana de Gales faleceu juntamente com Dodi Al-Fayed e com o motorista Henri Paul, quando a limusina em que seguiam colidiu com um poste do túnel de Alma, em Paris, a 31 de Agosto de 1997, um ano após o seu divórcio do príncipe Carlos, do qual teve dois filhos, William, em 1982, e Harry, em 1984.
Actualmente, John Stevens, ex-comissário chefe da Scotland Yard, dirige uma investigação para aclarar as circunstâncias da morte de Lady Di.
Em 1999, um juiz francês concluiu que o acidente ocorreu porque o motorista conduzia sob a influência de álcool e de anti-depressivos, depois de analisar as investigações contidas num relatório que nunca foi tornado público.