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"Todas as hipóteses em aberto". OMS admite que origem da Covid-19 continua "inconclusiva"
A Organização Mundial da Saúde continua a investigar as causas e origem do vírus que levou à pandemia, há cinco anos. Num novo relatório, a OMS revela que "todas as hipótese continuam em aberto", não havendo conclusões porque a China, onde os primeiros casos foram relatados, não forneceu todas as informações à instituição. Segundo Tedros Adhanom Ghebreyesus, a investigação deve continuar de forma a "proteger o mundo de futuras pandemias".
“Nada foi concluído com absoluta certeza", reconheceu Maria Van Kerkhove, epidemiologista norte-americana que chefia o Departamento de Prevenção e Preparação para Epidemias e Pandemias da OMS.
As teorias continuam em investigação: fuga de laboratório ou transmissão animal? Após mais de três anos de estudos sobre a Covid-19, a conclusão é a mesma: a origem do SARS-CoV-2 continua a ser um mistério.
“Todas as [quatro] hipóteses continuam em aberto, incluindo uma transmissão zoonótica [de animais para humanos] ou uma fuga laboratorial de vírus”, indicou o diretor-geral da OMS, insistindo que, apesar de ainda não haver conclusões, “todas as hipóteses devem permanecer em aberto”.
O Grupo Consultivo Científico da OMS para as Origens de Novos Patógenos (SAGO), um painel de 27 especialistas multidisciplinares internacionais e independentes, publicou esta sexta-feira um relatório sobre a origem do vírus responsável pela pandemia da Covid-19. De acordo com os investigadores, muitas das informações necessárias para avaliar completamente todas as hipóteses não foram fornecidas.
“Continuamos a apelar à China e a qualquer outro país que tenha informações sobre as origens da Covid-19 para que compartilhem essas informações abertamente, no interesse de proteger o mundo de futuras pandemias”, acrescentou o responsável da OMS, num comunicado.
O SAGO considerou os dados disponíveis para as principais hipóteses sobre as origens da pandemia e concluiu que estes sugerem “uma disseminação zoonótica (…) diretamente de morcegos ou através de um hospedeiro intermediário”. Para analisar esta hipótese, a OMS solicitou à China que partilhasse sequências genéticas de indivíduos co Covid-19 no início da pandemia, “informações mais detalhadas sobre os animais vendidos nos mercados de Wuhan” e ainda dados sobre o trabalho e as “condições de biossegurança nos laboratórios” da mesma cidade chinesa.
Até o momento, a China não partilhou essas informações com o SAGO nem com a OMS”, é referido no relatório, no qual os autores salientam que o “trabalho para compreender a origem do SARS-CoV-2 permanece inacabado”.A pandemia de Covid-19 matou milhões de pessoas e devastou a economia global. Os primeiros casos conhecidos da doença foram relatados no final de 2019 em Wuhan, na China, onde está sediado um instituto de virologia de renome pelas investigações sobre coronavírus.
A questão de saber se a Covid-19 escapou acidentalmente de um laboratório ou se propagou de um animal para o ser humano continua a ser debatida. Parte da comunidade científica inclina-se para a tese de uma transmissão ao homem através de um animal intermediário, provavelmente infetado por um morcego.
Por outro lado, algumas agências norte-americanas, como o FBI ou o Ministério da Energia, apoiam a hipótese de uma fuga do laboratório com vários graus de certeza, enquanto outros organismos de inteligência inclinam-se para a origem natural.
“Nos últimos cinco anos, aprendemos muito sobre a covid-19, mas ainda há uma questão crucial sobre a pandemia que não respondemos: como ela começou”, frisou Tedros. “É essencial compreender como um surto epidemiológico, uma epidemia ou uma pandemia começa para prevenir surtos futuros. É também um imperativo moral para o bem daqueles que perdem a vida por causa delas".
Além do mais, “não podemos falar da covid-19 no passado”, porque “o vírus permanece”.
"Continua a evoluir, continua a matar e milhões de pessoas continuam a viver com 'covid longa'”, avisou.
Até 25 de maio deste ano, segundo a OMS, foram detetados quase 800 milhões de casos confirmados em 231 países e territórios.
As teorias continuam em investigação: fuga de laboratório ou transmissão animal? Após mais de três anos de estudos sobre a Covid-19, a conclusão é a mesma: a origem do SARS-CoV-2 continua a ser um mistério.
“Todas as [quatro] hipóteses continuam em aberto, incluindo uma transmissão zoonótica [de animais para humanos] ou uma fuga laboratorial de vírus”, indicou o diretor-geral da OMS, insistindo que, apesar de ainda não haver conclusões, “todas as hipóteses devem permanecer em aberto”.
A organização reconhece, frisou Tedros, “que a China partilhou algumas [...] informações, mas não todas” as que foram solicitadas.
"Compartilhem essas informações"
O Grupo Consultivo Científico da OMS para as Origens de Novos Patógenos (SAGO), um painel de 27 especialistas multidisciplinares internacionais e independentes, publicou esta sexta-feira um relatório sobre a origem do vírus responsável pela pandemia da Covid-19. De acordo com os investigadores, muitas das informações necessárias para avaliar completamente todas as hipóteses não foram fornecidas.
“Continuamos a apelar à China e a qualquer outro país que tenha informações sobre as origens da Covid-19 para que compartilhem essas informações abertamente, no interesse de proteger o mundo de futuras pandemias”, acrescentou o responsável da OMS, num comunicado.
O SAGO considerou os dados disponíveis para as principais hipóteses sobre as origens da pandemia e concluiu que estes sugerem “uma disseminação zoonótica (…) diretamente de morcegos ou através de um hospedeiro intermediário”. Para analisar esta hipótese, a OMS solicitou à China que partilhasse sequências genéticas de indivíduos co Covid-19 no início da pandemia, “informações mais detalhadas sobre os animais vendidos nos mercados de Wuhan” e ainda dados sobre o trabalho e as “condições de biossegurança nos laboratórios” da mesma cidade chinesa.
Até o momento, a China não partilhou essas informações com o SAGO nem com a OMS”, é referido no relatório, no qual os autores salientam que o “trabalho para compreender a origem do SARS-CoV-2 permanece inacabado”.A pandemia de Covid-19 matou milhões de pessoas e devastou a economia global. Os primeiros casos conhecidos da doença foram relatados no final de 2019 em Wuhan, na China, onde está sediado um instituto de virologia de renome pelas investigações sobre coronavírus.
A questão de saber se a Covid-19 escapou acidentalmente de um laboratório ou se propagou de um animal para o ser humano continua a ser debatida. Parte da comunidade científica inclina-se para a tese de uma transmissão ao homem através de um animal intermediário, provavelmente infetado por um morcego.
Por outro lado, algumas agências norte-americanas, como o FBI ou o Ministério da Energia, apoiam a hipótese de uma fuga do laboratório com vários graus de certeza, enquanto outros organismos de inteligência inclinam-se para a origem natural.
“Nos últimos cinco anos, aprendemos muito sobre a covid-19, mas ainda há uma questão crucial sobre a pandemia que não respondemos: como ela começou”, frisou Tedros. “É essencial compreender como um surto epidemiológico, uma epidemia ou uma pandemia começa para prevenir surtos futuros. É também um imperativo moral para o bem daqueles que perdem a vida por causa delas".
Além do mais, “não podemos falar da covid-19 no passado”, porque “o vírus permanece”.
"Continua a evoluir, continua a matar e milhões de pessoas continuam a viver com 'covid longa'”, avisou.
Até 25 de maio deste ano, segundo a OMS, foram detetados quase 800 milhões de casos confirmados em 231 países e territórios.