Mundo
TOI 700 d. Um planeta do tamanho da Terra e em zona considerada habitável
A agência espacial norte-americana NASA deu a conhecer ao mundo mais um exo-planeta. Este com características muito semelhantes ao nosso planeta Terra.
O TOI 700 d, nome de batismo cientifico, encontra-se a cerca de 100 anos-luz de distancia de nós no sistema TRAPPIST-1.
Descoberto pelo satélite TESS, da NASA, este planeta apresenta características rochosas e realiza uma órbita circular a cada 37 dias à estrela anã vermelha, situada no centro deste sistema planetário.
E uma das confirmações é que o 700d encontrava-se dentro da designada zona espacial que pode originar e comportar vida, como explica o astrófísico da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Rui Agostinho.
Após a descoberta do TESS, a equipa de cientistas liderada por Joseph Rodriguez, astrónomo do Center for Astrophysics em Harvard & Smithsonian, em Cambridge, Massachusetts, solicitou observações de acompanhamento com o telescópio Spitzer para confirmar o TOI 700 d.
"Dado o impacto dessa descoberta – sendo este o primeiro planeta do tamanho da Terra em zona habitável descoberto pelo TESS -, realmente queríamos que o entendimento desse sistema fosse o mais concreto possível", disse Rodriguez. "Spitzer viu o TOI 700 d transitar exatamente quando esperávamos. É um ótimo complemento ao legado de uma missão que ajudou a confirmar dois planetas do TRAPPIST-1 e a identificar mais cinco."
Apesar desta descoberta e do planeta estar na zona espacial "habitável", não significa que exista vida, tal como a conhecemos na Terra: "quem pensa logo... existem dinossauros à superfície daquele planeta (…) isso são apenas conjeturas…" Os dados do Spitzer aumentaram a confiança dos cientistas de que o TOI 700 d é um planeta real. Os novos estudo permitiram avaliar as dimensões do planeta e período orbital com maior exatidão.
Estudos que descartaram outras possíveis causas astrofísicas do sinal de trânsito, como a presença de uma estrela menor e mais escura no sistema.
Estrela Anã é o Sol do 700d
Um sistema planetário é sempre composto por uma estrela com vários planetas em redor, e este não é exeção.
Localizado a pouco mais de 100 anos-luz de distância da Terra, na constelação do sul de Dourado, o TOI 700 é uma pequena estrela anã de categoria M.
Com um tamanho aproximadamente de 40 por cento da massa e tamanho do Sol, este tem cerca da metade da temperatura da superfície. A estrela aparece em 11 dos 13 setores observados pelo TESS durante o primeiro ano da missão, e os cientistas capturaram vários trânsitos de seus três planetas.
Para o astrófísico Rui Agostinho esta pequena estrela vermelha emite temperatura suficiente para a construção de blocos de vida nos planetas situados na cintura de habitabilidade. A estrela foi originalmente classificada incorretamente no banco de dados do TESS como sendo mais semelhante ao nosso Sol, o que significava que os planetas pareciam maiores e mais quentes do que realmente são. Vários pesquisadores, incluindo Alton Spencer, um estudante do ensino médio que trabalha com membros da equipe do TESS, identificaram o erro.
"Quando corrigimos os parâmetros da estrela, o tamanho de seus planetas caiu e percebemos que o mais externo era do tamanho da Terra e da zona habitável", disse Emily Gilbert, uma estudante da Universidade de Chicago . "Além disso, em 11 meses de dados, não vimos explosões provenientes da estrela, o que aumenta as chances de TOI 700 d ser habitável e facilita a modelagem de suas condições atmosféricas e de superfície".
Os "irmãos" de TOI 700 d
O planeta agora descoberto na constelação do sul de Dourado, no sistema de TRAPPIST-1, não está sozinho, e comporta pelo menos mais dois exo-planetas.
O planeta mais interno, batizado de TOI 700 b, é praticamente do tamanho da Terra, provavelmente rochoso e completa uma órbita a cada dez dias.
Já o TOI 700 d, o planeta mais externo conhecido e para já o único na zona habitável, é 20 por cento maior que a Terra, orbita a cada 37 dias e recebe de sua estrela 86 por cento da energia que o Sol fornece à Terra.
Pensa-se que todos os planetas estejam gravitacionalmente presos e de forma ordenada à estrela anã, o que significa que eles giram uma vez por órbita para que um lado seja banhado constantemente pela luz do dia.
Descoberto pelo satélite TESS, da NASA, este planeta apresenta características rochosas e realiza uma órbita circular a cada 37 dias à estrela anã vermelha, situada no centro deste sistema planetário.
Reportagem da jornalista da Antena 1 Rita fernandes
Depois de ter sido encontrado pelo TESS, os cientistas confirmaram a descoberta usando o Telescópio Espacial Spitzer da NASA e modelaram os ambientes potenciais do planeta para ajudar a informar futuras observações.
"Dado o impacto dessa descoberta – sendo este o primeiro planeta do tamanho da Terra em zona habitável descoberto pelo TESS -, realmente queríamos que o entendimento desse sistema fosse o mais concreto possível", disse Rodriguez. "Spitzer viu o TOI 700 d transitar exatamente quando esperávamos. É um ótimo complemento ao legado de uma missão que ajudou a confirmar dois planetas do TRAPPIST-1 e a identificar mais cinco."
Apesar desta descoberta e do planeta estar na zona espacial "habitável", não significa que exista vida, tal como a conhecemos na Terra: "quem pensa logo... existem dinossauros à superfície daquele planeta (…) isso são apenas conjeturas…" Os dados do Spitzer aumentaram a confiança dos cientistas de que o TOI 700 d é um planeta real. Os novos estudo permitiram avaliar as dimensões do planeta e período orbital com maior exatidão.
Estudos que descartaram outras possíveis causas astrofísicas do sinal de trânsito, como a presença de uma estrela menor e mais escura no sistema.
Estrela Anã é o Sol do 700d
Um sistema planetário é sempre composto por uma estrela com vários planetas em redor, e este não é exeção.
Localizado a pouco mais de 100 anos-luz de distância da Terra, na constelação do sul de Dourado, o TOI 700 é uma pequena estrela anã de categoria M.
Com um tamanho aproximadamente de 40 por cento da massa e tamanho do Sol, este tem cerca da metade da temperatura da superfície. A estrela aparece em 11 dos 13 setores observados pelo TESS durante o primeiro ano da missão, e os cientistas capturaram vários trânsitos de seus três planetas.
Para o astrófísico Rui Agostinho esta pequena estrela vermelha emite temperatura suficiente para a construção de blocos de vida nos planetas situados na cintura de habitabilidade. A estrela foi originalmente classificada incorretamente no banco de dados do TESS como sendo mais semelhante ao nosso Sol, o que significava que os planetas pareciam maiores e mais quentes do que realmente são. Vários pesquisadores, incluindo Alton Spencer, um estudante do ensino médio que trabalha com membros da equipe do TESS, identificaram o erro.
"Quando corrigimos os parâmetros da estrela, o tamanho de seus planetas caiu e percebemos que o mais externo era do tamanho da Terra e da zona habitável", disse Emily Gilbert, uma estudante da Universidade de Chicago . "Além disso, em 11 meses de dados, não vimos explosões provenientes da estrela, o que aumenta as chances de TOI 700 d ser habitável e facilita a modelagem de suas condições atmosféricas e de superfície".
Os "irmãos" de TOI 700 d
O planeta agora descoberto na constelação do sul de Dourado, no sistema de TRAPPIST-1, não está sozinho, e comporta pelo menos mais dois exo-planetas.
O planeta mais interno, batizado de TOI 700 b, é praticamente do tamanho da Terra, provavelmente rochoso e completa uma órbita a cada dez dias.
O planeta do meio, o TOI 700 c, é 2,6 vezes maior que a Terra - entre os tamanhos da Terra e Neptuno - orbita a cada 16 dias e é provavelmente um mundo dominado por gás.
Video da NASA que explica a descoberta do TOI 700 d
Já o TOI 700 d, o planeta mais externo conhecido e para já o único na zona habitável, é 20 por cento maior que a Terra, orbita a cada 37 dias e recebe de sua estrela 86 por cento da energia que o Sol fornece à Terra.
Pensa-se que todos os planetas estejam gravitacionalmente presos e de forma ordenada à estrela anã, o que significa que eles giram uma vez por órbita para que um lado seja banhado constantemente pela luz do dia.