Transferência de Arafat para "morrer em casa" está fora de questão
Um conselheiro de Yasser Arafat excluiu hoje em Paris a possibilidade de uma eventual transferência do presidente palestiniano para os territórios palestinianos para "morrer em casa".
"Arafat só sairá do hospital pelos seus próprios pés ou morto, está excluída qualquer outra hipótese", declarou Mohamed Rachid.
O estado de saúde do presidente da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP), hospitalizado há oito dias num hospital militar francês dos arredores de Paris, degradou-se bastante nos últimos dias e tem sido objecto de declarações contraditórias.
Segundo o seu conselheiro principal, Nabil Abu Rudeina, o estado de saúde de Yasser Arafat é crítico mas não é irreversível, no entanto, uma fonte médica francesa chegou a referir que o presidente palestiniano se encontra em estado de morte cerebral.
"Apesar do estado de saúde de Yasser Arafat ser crítico, a sua condição não é irreversível como noticiaram alguns meios de comunicação social e nós esperamos que melhore nos próximos dias", declarou Rudeina.
O site na Internet do jornal israelita Yédiot Aharonot avançou hoje que o dirigente palestiniano "abriu os olhos" durante a noite de sexta-feira.
O chefe do departamento político da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Faruk Kaddumi, voltou a chamar a atenção, sexta-feira, para o facto de a equipa médica que está a tratar Arafat ser a única fonte autorizada a revelar dados sobre o seu estado de saúde.
O primeiro-ministro israelita, Ariel Sharon, afirmou há dias que se oporá enquanto estiver no poder em Israel a que Arafat seja sepultado em Jerusalém.
"Enquanto eu estiver no poder, e não tenho intenção de o abandonar, ele não será enterrado em Jerusalém", garantiu o primeiro- ministro israelita.