Traqueotomia, uma solução para dificuldades respiratórias

A traqueotomia, operação a que foi submetido o Papa João Paulo II no hospital Gemelli em Roma, é uma técnica cirúrgica a que os médicos recorrem para ajudar um paciente a respirar.

Agência LUSA /

A intervenção consiste, segundo os manuais de medicina, na abertura de um orifício na parte alta da traqueia, habitualmente entre os dois primeiros anéis traqueais, uns centímetros abaixo da cartilagem tiróide.

A traqueotomia facilita a respiração e permite aspirar facilmente as secreções dos brônquios, quando já não podem ser expulsas naturalmente.

Os músculos do pescoço são separados com cuidado para não afectar os nervos que poderiam resultar em alterações na voz. No orifício, então, é introduzido um tubo, em redor do qual se fecha a pele com suturas ou grampos, que geralmente são retirados uma semana após a intervenção.

A operação pode ser realizada com anestesia local ou geral, consoante os pacientes, e demorar no máximo 45 minutos.

Os especialistas consideram que, apesar de a operação representar um certo risco, raramente surgem complicações posteriores.

Uma das preocupações está relacionada com a capacidade de falar de quem é submetido a uma traqueotomia, operação que, em si mesma, não deve afectar as cordas vocais.

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