Três pessoas burlam sistema e tomam 3.ª dose de vacina no Brasil

Três pessoas burlaram o sistema de saúde brasileiro por terem alegadamente tomado três doses de vacinas contra a covid-19 no estado de São Paulo, noticiou o portal de notícias G1.

Lusa /
Jussara Sonner publicou o comprovativo das três doses nas redes sociais D.R.-Facebook

A prefeitura de São Paulo identificou dois médicos que se aproveitaram de o sistema informático de um posto de saúde não estar a funcionar para tomar três doses de imunizantes contra a covid-19.

Segundo a gestão municipal, citada pelo G1, os médicos tomaram duas doses da Coronavac, do laboratório chinês Sinovac e produzido no Brasil pelo Instituto Butantan, e, posteriormente, tomaram mais uma dose da vacina da Pfizer.

Os profissionais de saúde deslocaram-se até um "drive-thru", que possibilita a administração da vacina sem sair do carro, da cidade que estava sem sistema informático e tomaram uma terceira dose, burlando assim o sistema de vacinação municipal.

A fraude, que foi encaminhada para uma investigação ética do Conselho Regional de Medicina de (Cremesp), só foi identificada após as anotações manuais terem sido inseridas no sistema de informático, que indicou que os médicos já tinham tomado as duas doses da Coronavac.

Um terceiro caso foi identificado através das redes sociais, segundo o G1, que noticiou que uma veterinária de São Paulo disse ter sido vacinada com as duas doses da Coronavac em fevereiro e, em março, tomou a vacina de dose única da Janssen.

Nas redes sociais, a mulher publicou o comprovativo das três doses que lhe foram administradas e declarou que tomou a terceira dose para se sentir "mais protegida e viajar para onde quiser".

Após ser questionada por uma internauta sobre a forma como conseguiu burlar o sistema, a mulher escreveu ter recorrido a um local de vacinação "no meio de uma favela" em Guarulhos [(município do estado de São Paulo), onde não havia verificação "online". "Uma sorte! Anotaram o meu nome numa folha timbrada. Quando cair no sistema, será tarde demais", indicou.

A Secretaria Municipal da Saúde abriu um procedimento interno para investigar que tipo de falha possa ter ocorrido no sistema.

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