Tribunal americano rejeita taxa `antidumping` aplicada à Navigator
O tribunal de Comércio Internacional dos Estados Unidos obrigou o Departamento de Comércio de Washington a reavaliar a taxa de imposto de 1,75% aplicada a produtos exportados de Portugal, noticiou esta segunda-feira a agência Bloomberg.
De acordo com a agência de informação financeira, a taxa `antidumping` para importações de papel vindas de Portugal foi originalmente calculada em 37,34% para produtos da Navigator, valor entretanto alterado para 1,75%.
A Navigator contestou judicialmente a taxa de 37,34% calculada pelo Departamento de Comércio aplicada a papel não revestido, utilizado para impressoras, livros, formulários, manuais de instruções, `flyers` ou mapas, entre outros, que entraram nos Estados Unidos entre agosto de 2015 e fevereiro de 2017.
De acordo com a Bloomberg, logo após a contestação por parte da empresa portuguesa, o Departamento de Comércio norte-americano concordou em considerar que poderia ter cometido erros na avaliação, e baixou a taxa para 1,75%.
No entanto, os produtores americanos Packaging Corp. of America e Domtar, tal como o sindicato local `Trabalhadores do Aço Unidos`, contestaram a taxa de 1,75% considerando-a demasiado baixa.
O tribunal de Comércio rejeitou agora o valor de 1,75% proposto pelo Departamento governamental, numa decisão tomada na sexta-feira, segundo a Bloomberg.
Nestes casos, o Departamento de Comércio deve explicar melhor a sua abordagem ou alterá-la, uma decisão que deverá ser conhecida no dia 20 de fevereiro de 2020.
As ações da Navigator fecharam a sessão de hoje da bolsa de Lisboa a valorizar-se 2,27% para 3,61 euros.
A Navigator anunciou na sexta-feira que António Redondo será o seu novo presidente executivo a partir de 01 de janeiro de 2020, substituindo João Castello Branco.