Tribunal confirma absolvição de patrão da Samsung
O Supremo Tribunal da Coreia do Sul confirmou esta quinta-feira a absolvição do presidente da Samsung Electronics num processo criminal ligado a uma fusão de duas empresas do grupo em 2015.
A última instância rejeitou um recurso da acusação e manteve a decisão de um tribunal do distrito central de Seul, que em fevereiro de 2024 absolveu Lee Jae-yong, dos crimes de fraude contabilística, gestão desonesta, perjúrio e manipulação de ativos.
O Supremo Tribunal concordou que não havia provas suficientes para sustentar as acusações e que várias provas recolhidas pelos investigadores não eram válidas por terem sido obtidas ilegalmente.
Os procuradores sul-coreanos tinham originalmente pedido cinco anos de prisão e uma multa de 500 milhões de won (cerca de 348 mil euros) para Lee Jae-yong.
A decisão de hoje encerra assim um processo judicial que durou quase cinco anos e que ensombrou o maior conglomerado da Coreia do Sul, uma vez que, além de Lee, foram acusados, e absolvidos, outros 13 executivos.
O herdeiro e patrão da Samsung foi acusado de estar por trás de movimentos para inflacionar artificialmente o valor de uma das duas empresas envolvidas na fusão, a Cheil Industries, e fazer o contrário com a outra empresa, a Samsung C&T, algo que gerou perdas para outros investidores.
A equipa de defesa de Lee declarou aos meios de comunicação locais, após o anúncio do veredicto, que "a decisão do Supremo Tribunal confirma que a fusão com a Samsung C&T e as práticas contabilísticas da Samsung Biologics eram legais".
O tribunal da instância inferior considerou que Lee não tinha "intenção de prejudicar os acionistas" através da fusão, indicou na altura a agência de notícias sul-coreana Yonhap.
De acordo com detratores do herdeiro, a fusão destinava-se a garantir uma suave transferência de poder para Lee, descendente da família fundadora da Samsung, acrescentou a Yonhap.