Um juiz francês ordenou que Marine Le Pen, líder da extrema-direita francesa, realize um teste psiquiátrico, depois de ter publicado em 2015 imagens de execuções do Estado Islâmico na rede social Twitter. Le Pen contesta a decisão do tribunal e pergunta como é que vai ser obrigada a realizar o procedimento.
Uma exigência que tem data de 11 de setembro e que é parte de um processo em que Marine Le Pen é acusada de divulgar imagens violentas de execuções do Estado Islâmico. O juiz de instrução pede que a líder da União Nacional seja o quanto antes submetida a exame psiquiátrico.
Marine Le Pen insurgiu-se contra a decisão e questionou se não é legítimo mostrar o que descreve de “horrores” perpetrados pelo Estados Islâmico, considerando que o ato do tribunal é uma perseguição.
Em causa está um tweet da lider da extrema-direita datada de dezembro de 2015 em que responde ao jornalista Jean-Jacques Bourin, que comparou o Estado Islâmico à Frente Nacional, o partido de Marine Le Pen.
Face à comparação, a Ler Pen publicou três fotografias em que mostrava as atrocidades do grupo extremista, entre as quais havia uma foto do corpo decapitado do jornalista norte-americano James Foley. A acompanhar estava a frase “O Daesh é isto!”.
A líder da direita radical declarava que a comparação era injusta e as declarações do jornalista “imundas”. A publicação de Marine Le Pen seria recuperada após os ataques terroristas em Paris, a 13 de novembro de 2015, causando então grande polémica.
(c/ Lusa)