Trump agradece eficácia de SS a protegê-lo contra manifestantes

por RTP
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O presidente dos Estados Unidos agradeceu a várias organizações, incluindo "SS" o "excelente trabalho" que fizeram a proteger toda a área em torno da Casa Branca. Com a sigla referia-se, aparentemente, aos serviços secretos dos EUA. No entanto, as iniciais "SS" não se usam para esses serviços e sim, mais comummente, para a temível SS nazi, chefiada por Heinrinch Himmler, e logo provocaram uma acesa controvérsia.

O tweet da polémica tem como tema os incidentes causados pela visita de Trump, no passado dia 2 de junho, à igreja episcopaliana de St. John. Para o presidente caminhar até ao templo e aí se fazer fotografar empunhando uma bíblia, vários serviços de segurança empreenderam, efectivamente, evacuar as ruas do trajecto, dispersando com gases lacrimogéneos, manifestantes que até aí tinham permanecido pacificamente na área.

A violência usada para arredar os manifestantes foi vivamente criticada pelas autoridades religiosas que têm a seu cargo a igreja, declarando estas que nem a igreja de St. John nem a bíblia são adereços para a propaganda eleitoral de seja quem for. Essa violência teve, mais de uma semana decorrida, um outro eco diferido na declaração do general Mark Milley, que apresentou desculpas por ter acompanhado Trump naquele fatídico passeio.

No seu tweet, o inquilino da Casa Branca afirma: "As tropas da nossa grande Guarda Nacional que tratou da área em volta da Casa Branca mal podiam acreditar como tudo foi tão fácil. 'Um passeio no parque', disse um deles. Os protestatários, agitadores, anarquistas (ANTIFA), e outros, foram controlados com MUITA facilidade pela Guarda, a Polícia de D.C & SS. GRANDE TRABALHO!"


As reacções no Twitter não se fizeram esperar. Um utilizador comentava ironicamente que os manifestantes pacíficos foram controlados com muita facilidade pelas SS, explicando que se trata da sigla de um grupo paramilitar do partido hitleriano, comandado por Heinrich Himmler.
Mais adiante, o mesmo utilizador prossegue depois, no mesmo registo irónico perguntando-se porque havia Trump de festejar a facilidade com que as suas SS dominaram os manifestantes, a não ser pelo facto de também esse domínio se ter exercido com recurso a gás, que "ele lançou contra o seu próprio povo para poder fazer uma foto".

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