Trump ameaça Putin com sanções por considerar que "talvez não queira parar a guerra"
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou o Presidente russo, Vladimir Putin, com novas sanções, porque "muitas pessoas estão a morrer" na Ucrânia e a situação fá-lo pensar que "talvez" a Rússia "não queira parar a guerra".
"Não havia razão para Putin disparar mísseis contra áreas civis, cidades e aldeias nos últimos dias. Isto faz-me pensar que talvez ele não queira parar a guerra e esteja apenas a brincar comigo, e depois precisamos de fazer outra coisa", afirmou o Presidente norte-americano, numa publicação na sua conta na rede social Truth.
Essa publicação foi partilhada após participar no funeral do Papa Francisco, no Vaticano, onde antes da cerimónia, Trump teve um encontro com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que resultou numa troca positiva, segundo ambos os lados.
"Muitas pessoas estão a morrer!!!", enfatizou Trump, na publicação na sua rede social.
Condenando os ataques russos contra populações civis, o Presidente dos Estados Unidos apontou a possibilidade de ameaça com novas medidas, considerando duas opções alternativas: atingir o sistema bancário e reforçar as já significativas sanções contra a Rússia.
Entretanto, também hoje Moscovo informou que o Presidente russo disse ao enviado de Donald Trump, Steve Witkoff, durante a reunião de sexta-feira, que estava pronto para negociar o resultado do conflito na Ucrânia "sem quaisquer pré-condições".
"Vladimir Putin reafirmou que o lado russo estava pronto para retomar o processo de negociação com a Ucrânia sem quaisquer condições prévias", disse Dmitri Peskov, citado pela imprensa russa.
No entanto, o Presidente russo tem repetido regularmente as suas exigências em relação à Ucrânia: o controlo das cinco regiões ucranianas cuja anexação Moscovo reivindica, a renúncia da Ucrânia à adesão à NATO e a sua desmilitarização.
Em termos mais amplos, Vladimir Putin, que descreve o conflito na Ucrânia como uma "guerra híbrida" supostamente travada pela NATO contra a Rússia, está a pedir uma revisão da arquitetura de segurança da Europa, particularmente no que diz respeito ao posicionamento das forças da NATO atualmente baseadas perto das fronteiras da Rússia.
Na sexta-feira, o Kremlin descreveu essas novas discussões entre Putin e Witkoff como "construtivas e muito úteis", com o objetivo de "aproximar as posições" de Moscovo e Washington em várias questões, principalmente no dossiê da Ucrânia.
A 24 de fevereiro de 2022, Vladimir Putin ordenou que o seu exército atacasse a Ucrânia, um conflito que já custou dezenas de milhares de vidas civis e militares em pouco mais de três anos.
A Rússia ainda ocupa quase 20% do território ucraniano.