Trump diz que sanções estão a provocar longas filas nas bombas de gasolina da Coreia do Norte

por Jorge Almeida - RTP
Damir Sagolj - Reuters

O presidente Trump divulgou que já existem longas filas para abastecer nas bombas de gasolina na capital da Coreia do Norte. Os especialistas internacionais lembram que a grande maioria dos norte-coreanos só tem bicicletas.

Um porta-voz da República da Coreia do Norte afirmou que quanto mais sanções houver contra a Coreia do Norte, mais depressa o país vai concluir o seu programa nuclear.

A mensagem foi transmitida pela KCNA, a agência de notícias estatal e governamental norte-coreana, no seguimento das novas sanções aprovadas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas na última sexta-feira.
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O presidente dos Estados Unidos escreveu num tweet no qual afirma que falou com o presidente da Coreia do Sul e que Moon Jae-In disse-lhe que já existem longas filas de trânsito nas bombas de gasolina de Pyongyang.

Uma informação que deixou os especialistas internacionais relutantes por apenas uma escassa minoria de norte-coreanos, que trabalha para o Governo ou para as forças armadas, possuir viatura.

É difícil dar números exatos mas estima-se que existam na Coreia do Norte entre 250 mil a 300 mil veículos, um número irrisório em comparação com os 20 milhões de automóveis que circulam na Coreia do Sul.

De todo o modo, os especialistas internacionais acreditam que as sanções relativas à importação de petróleo irão refletir-se primeiro na população, ao nível da luz elétrica nas suas casas.

Fotografia de Pyongyang tirada da janela de um quarto de hotel. Foto: Damir Sagolj - Reuters

Calcula-se que as novas sanções da ONU reduzam 30% das exportações de petróleo para o regime liderado por Kim Jon-un.

O principal abastecimento de petróleo ao país é feito através de um oleoduto de trinta quilómetros proveniente da China e que termina numa refinaria junto à fronteira entre os dois países.

“Mesmo que a China reduzisse para metade as suas exportações de petróleo para a Coreia do Norte, o regime iria responder com um corte de combustível para a população, sem impacto imediato no programa nuclear”, lê-se num relatório do Instituto Nautilis para a Segurança e Sustentabilidade, com sede na Califórnia, nos Estados Unidos.
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