Trump fala em "grande conflito" com a Coreia do Norte. China quer resolver situação com os EUA

por Alexandre Brito - RTP
Donald Trump na Casa Branca onde foi entrevistado pelos jornalistas das Reuters Reuters

A China volta a dar sinais de que está disposta a trabalhar com os EUA para resolver o conflito com a Coreia do Norte. Vão nesse sentido as declarações, esta sexta-feira, do porta-voz do ministro chinês dos Negócios Estrangeiros. Isto poucas horas depois de o presidente norte-americano ter reafirmado a possibilidade de um "grande conflito" militar com o Coreia do Norte.

Esta manhã, em conferência de imprensa, o porta-voz do ministro chinês dos Negócios Estrangeiros afirmou que a China está disposta a trabalhar com os Estados Unidos de forma a que seja encontrada uma solução para a tensão com a Coreia do Norte.

Pequim volta a afirmar que uma resolução pacífica é a única opção e que comunicações próximas entre o presidente XI Jinping e Donald Trump são boas para o Mundo.

O porta-voz não adiantou, no entanto, o que é que a China está disposta a fazer, particularmente em relação à possibilidade de PyongYang realizar um novo teste nuclear.

Poucas horas antes, o presidente dos EUA voltava a acenar com o machado da guerra, ao afirmar que um "grande, grande conflito" com a Coreia do Norte está em cima da mesa por causa do programa nuclear do país. 

Em declarações à Reuters, Trump reafirmou que a opção militar continua em cima da mesa apesar de esperar que a situação se resolva noutro campo, diplomático.

"Adoravamos resolver as coisas diplomaticamente mas é muito difícil", disse o presidente dos EUA. 

Questionado sobre a forma como a China está a tratar o assunto, Trump disse que o presidente Xi Jinping é um "bom homem". "Acredito que está a tentar. Eu sei que ele gostava de conseguir fazer alguma coisa. Talvez não consiga. Mas acho que ele gostava de conseguir fazer alguma coisa."

Ainda na quinta-feira o secretário de Estado norte-americano disse que a China avisou a Coreia do Norte que não podia realizar mais testes nucleares, com risco de sofrer sanções unilaterais caso avance. Uma informação que não foi, no entanto, confirmada pelas autoridades chinesas.
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