Trump ganha a confiança do Japão

por Jorge Almeida - RTP
Andrew Kelly - Reuters

O primeiro encontro de Donald Trump com um líder internacional, depois da sua eleição, foi com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe.

O encontro deu-se um pouco por acaso. Quando Shinzo Abe ligou a Trump para lhe dar os parabéns pela vitória, disse que estaria de passagem por Nova Iorque a caminho de uma reunião no Peru, da Cimeira Ásia-Pacífico.

O convite surgiu de imediato para um encontro de 90 minutos, esta quinta-feira, na Trump Tower, em Manhattan.

“Estou convencido de que Trump é um líder em que posso ter grande confiança”, afirmou o líder japonês aos jornalistas.

O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, em declarações aos jornalistas na Trump Tower. Foto: Andrew Kelly - Reuters

Um encontro “sincero” e com uma “atmosfera calorosa”, nas palavras de Shinzo Abe, que também esteve com Ivanka Trump, filha do Presidente eleito, e com o seu marido, Jared Kushner.

Os dois países mantêm uma forte aliança desde o fim da II Guerra Mundial, quando os Estados Unidos ajudaram o Japão a reconstruir a sua economia.

O Presidente eleito prometeu acabar com o acordo comercial do pacífico, uma medida que o Japão recebe de braços abertos, já que limita o poderio económico da China.

Dos poucos detalhes que foram revelados da reunião, também se sabe que Donald Trump disse que o Japão teria de pagar mais para manter tropas norte-americanas no país e que deveria desenvolver as suas próprias armas nucleares para combater a ameaça dos mísseis norte-coreanos.

No equilíbrio de forças naquela parte da Ásia, um confronto militar entre a Coreia do Norte e o Japão é muito mais provável do que uma guerra entre as duas Coreias, segundo os analistas internacionais.
Obama avisa Trump sobre a Rússia
Depois de um encontro em Berlim com a chanceler Angela Merkel, Barack Obama pediu ao seu sucessor para não permitir que a Rússia se desvie dos “valores e normas internacionais".

Obama nas portas de Brandemburgo em Berlim. Foto: Kevin Lamarque - Reuters

Para lidar com Moscovo, "não basta uma abordagem de realpolitik", aconselhou o ainda Presidente dos Estados Unidos.

As relações entre as duas superpotências nunca estiveram tão degradadas desde os tempos da Guerra Fria.
pub