Ucrânia acusada de atacar ponte entre Kherson e Crimeia com mísseis britânicos
As autoridades russas locais acusaram, esta quinta-feira, as forças ucranianas de terem atingido com mísseis britânicos uma ponte que liga a região da Crimeia, anexada por Moscovo, à região parcialmente ocupada de Kherson.
“Durante a noite, um ataque atingiu a ponte de Tchongar. Não houve vítimas", escreveu no Telegram o governador russo da Crimeia, Sergei Aksionov, acrescentando que os danos estavam atualmente a ser avaliados.
"Neste momento, especialistas em explosivos estão a realizar um exame para avaliar o tipo de munição".
Segundo a mesma fonte, o ataque obrigou ao desvio do tráfego. A ponte liga a Crimeia, anexada por Moscovo em 2014, a uma zona da região ucraniana de Kherson ocupada pelas forças russas e é conhecida como o “portão para a Crimeia”, sendo uma das poucas ligações entre as duas regiões controladas pela Rússia.
Também Vladimir Saldo, o governador de Kherson nomeado pela Rússia, confirmou que a ponte foi parcialmente destruída.
"O regime criminoso de Kiev realizou um bárbaro bombardeamento a alvos civis - pontes na fronteira administrativa entre a região de Kherson e a Crimeia", denunciou no Telegram, acusando os "terroristas de Kiev" de quererem "intimidar os moradores de Kherson, semear o pânico entre a população".
"Somos capazes de reparar pontes rapidamente: a passagem de carros será restabelecida num futuro muito próximo", disse ainda.
De acordo com o mesmo responsável, uma avaliação preliminar concluiu que terão sido "usados mísseis britânicos Storm Shadow".
"Temos uma resposta para cada ação do inimigo", advertiu Saldo. "A comunicação entre a região de Kherson e a Crimeia continua em operação - o movimento de veículos ao longo da rota da reserva foi temporariamente desviado".
"Somos capazes de reparar pontes rapidamente: a passagem de carros será restabelecida num futuro muito próximo", disse ainda.
De acordo com o mesmo responsável, uma avaliação preliminar concluiu que terão sido "usados mísseis britânicos Storm Shadow".
"Temos uma resposta para cada ação do inimigo", advertiu Saldo. "A comunicação entre a região de Kherson e a Crimeia continua em operação - o movimento de veículos ao longo da rota da reserva foi temporariamente desviado".
Numa publicação posterior, o governador de Kherson voltou a acusar Kiev de atacar a ponte que liga a Ucrânia continental à região anexada da Crimeia e de ter ligações nazis.
"Os danos causados por mísseis às pontes que conectam a Crimeia e a região de Kherson são outra ação completamente sem sentido realizada pelo regime de Kiev por ordem de Londres", reiterou, frisando que "não afetará de forma alguma o curso da operação especial - existem outras rotas terrestres para a Crimeia".
E acusou: "É simbólico que o regime de Kiev tenha realizado este ato bárbaro na manhã de 22 de junho, dia em que começou a Grande Guerra Patriótica. Parece mostrar especificamente a continuidade histórica com a Alemanha nazi. Mas [as forças ucranianas] vão acabar na mesma".
E acusou: "É simbólico que o regime de Kiev tenha realizado este ato bárbaro na manhã de 22 de junho, dia em que começou a Grande Guerra Patriótica. Parece mostrar especificamente a continuidade histórica com a Alemanha nazi. Mas [as forças ucranianas] vão acabar na mesma".
Existem três pontos de passagem de veículos que ligam Kherson e a Crimeia.
"A falha de uma das [pontes] não pode atrapalhar a logística de transporte do corredor de transporte terrestre", disse também Oleg Kryuchkov, um conselheiro do chefe da Crimeia, acrescentando que as pessoas devem usar os outros dois pontos de travessia perto da cidade de Armiansk.
"A falha de uma das [pontes] não pode atrapalhar a logística de transporte do corredor de transporte terrestre", disse também Oleg Kryuchkov, um conselheiro do chefe da Crimeia, acrescentando que as pessoas devem usar os outros dois pontos de travessia perto da cidade de Armiansk.