Ucrânia. Central nuclear de Zaporizhia novamente conectada à rede

De acordo com a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), a linha de energia que fornece eletricidade para a central nuclear de Zaporizhia foi restaurada.

RTP /

A notícia da AIEA, que cita a Ucrânia, surge depois de a operadora estatal de energia ucraniana ter anunciado uma "desconexão total da central nuclear de Zaporizhia da rede elétrica, pela primeira vez na sua história”, como resultado "das ações dos invasores".

"A Ucrânia disse à AIEA que a ZNPP [Zaporizhia], a maior central nuclear da Europa, perdeu pelo menos duas vezes a conexão com a linha de energia durante o dia, mas que estava novamente a funcionar", anunciou a AIEA.

A AIEA explicou que a central nuclear permaneceu conectada a uma linha de 330 kilovolts (KV) da central térmica mais próxima.

A AIEA diz que não existem informações até ao momento sobre a causa direta dos cortes de energia. A Energoatom tinha informado anteriormente que a central foi desconectada da rede por duas vezes em consequência de um incêndio numa central térmica próxima de Zaporizhia.

Durante as últimas semanas, Moscovo e Kyiv têm trocado acusações sobre os mais recentes ataques contra esta central nuclear, que tem seis reatores com capacidade total de 6.000 megawatts e está ocupada desde março por tropas russas.

A Ucrânia também acusa a Rússia de armazenar armas pesadas na central de Zaporizhia e de usá-la como base para ataques a posições ucranianas.

Moscovo nega, por sua vez, ter implantado armas na fábrica e garante que existam apenas unidades de segurança. A Rússia, por sua vez, acusa as forças ucranianas de realizar ataques de drones no local.

A ONU tem apelado à criação de uma zona desmilitarizada em torno da fábrica para garantir a segurança do local e permitir uma missão de inspeção.

Esta quarta-feira, depois de se reunir em Istambul com uma delegação russa, o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, disse que uma inspeção à central nuclear de Zaporizhia poderá ocorrer “nos próximos dias”, enquanto a Rússia prometeu colaborar.

c/agências
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