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Ucrânia. Líderes da UE vão discutir apoio após "ataque sem precedentes" a barragem

por Lusa

O presidente do Conselho Europeu disse hoje que vai propor aos líderes da União Europeia (UE) maior assistência à Ucrânia pelo "ataque sem precedentes" à central hidroelétrica de Kakhovka, acusando a Rússia de cometer um crime de guerra.

"Estou chocado com o ataque sem precedentes à barragem de Nova Kakhovka. A destruição de infraestruturas civis é claramente qualificada como um crime de guerra e nós responsabilizaremos a Rússia e os seus representantes", vincou Charles Michel, numa publicação na rede social Twitter.

Indicando que abordará este assunto na cimeira de chefes de Governo e de Estado da UE, no final deste mês, o presidente do Conselho Europeu adiantou que irá ainda "propor maior assistência às zonas inundadas".

"Os meus pensamentos estão com todas as famílias da Ucrânia afetadas por esta catástrofe", lamenta Charles Michel.

As autoridades ucranianas acusaram hoje as tropas russas de fazerem explodir a barragem da central hidroelétrica de Kakhovka e pediram aos residentes nas zonas junto ao rio Dnipro, no sul da Ucrânia, que abandonem as habitações.

O Comando Sul das Forças Armadas ucranianas avançou a destruição da infraestrutura, a 60 quilómetros da cidade de Kherson, e indicou que está a investigar a extensão dos danos, bem como a velocidade e a quantidade de água que deverá afetar as áreas vizinhas.

A Ucrânia e a Rússia tinham vindo a trocar acusações sobre alegados ataques à barragem e, em outubro, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, avisou que Moscovo tinha colocado explosivos na estrutura para causar uma inundação e dificultar o avanço das tropas ucranianas.

Em fevereiro passado, os níveis da água na barragem de Kakhovka estavam tão baixos que muitos temiam um colapso na central nuclear de Zaporijia, ocupada pelos russos, cujos sistemas de arrefecimento são abastecidos com água de um reservatório mantido pela barragem.

Em meados de maio, após fortes chuvas e com a neve de inverno a derreter, os níveis da água subiram além dos níveis normais, inundando aldeias próximas.

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