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Ucrânia. Zelensky enviará "em breve" revisão de plano de paz a Trump
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou hoje que vai enviar "em breve" uma versão revista do plano de paz proposto pelos Estados Unidos ao homólogo norte-americano, Donald Trump, após uma série de contactos com líderes europeus.
"Estamos empenhados numa paz verdadeira e mantemos um contacto constante com os Estados Unidos. E, como os nossos parceiros nas equipas de negociação apontam corretamente, tudo depende de a Rússia estar preparada para tomar medidas eficazes para travar o derramamento de sangue e evitar que uma nova guerra ecluda", declarou durante um encontro em Roma com a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni.
A reunião de hoje ocorre depois de Volodymyr Zelensky se ter avistado no dia anterior, em Londres e Bruxelas, com parceiros europeus e da NATO, e em plenas negociações bilaterais dos enviados da Casa Branca com a Rússia sobre o fim do conflito iniciado com a invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022.
"Estamos a trabalhar ativamente em todos os elementos de possíveis medidas para o fim da guerra. As propostas ucranianas e europeias estão agora mais avançadas e estamos preparados para apresentá-las aos nossos parceiros nos Estados Unidos", indicou hoje o Presidente ucraniano, que espera "tornar estas medidas viáveis o mais rapidamente possível".
Ao receber Zelensky no pátio do Palácio Chigi, sede do Governo italiano, Meloni, aliada de Trump na Europa e que sempre demonstrou apoio a Kiev, cumprimentou-o com um abraço, tendo depois realizado uma reunião à porta fechada de uma hora e meia.
Mais tarde, o Presidente ucraniano relatou, através da rede X, que a reunião tinha sido “excelente e muito substancial”, na qual foram abordados “todos os aspetos” da situação diplomática.
O Presidente ucraniano agradeceu também à primeira-ministra italiana pelo pacote de ajuda prometido e pelo fornecimento de geradores de energia.
"É exatamente isto que vai apoiar as famílias ucranianas, o nosso povo, as nossas crianças e o quotidiano nas nossas cidades e comunidades, que continuam a sofrer constantes ataques russos. Precisamos de proteger vidas. Obrigado, Itália!", concluiu.
Antes de se reunir com Meloni, Zelensky visitou o Papa Leão XIV na sua residência em Castel Gandolfo, perto de Roma.
Durante a audiência, o pontífice norte-americano reiterou “a necessidade de continuar o diálogo e renovou o seu desejo urgente de que as iniciativas diplomáticas em curso conduzam a uma paz justa e duradoura", segundo um comunicado da Santa Sé.
O Presidente ucraniano anunciou na segunda-feira que Kiev está a preparar um plano alternativo para apresentar aos negociadores de Washington, ao mesmo tempo que reafirmou que não cederá qualquer território à Rússia.
Por outro lado, Zelensky respondeu ainda aos jornalistas que o questionaram, à saída de um hotel em Roma, sobre o apelo de Trump para a realização de eleições na Ucrânia, deixada numa entrevista publicada pelo Politico. "Estou sempre pronto", respondeu sucintamente.
A reunião de hoje ocorre depois de Volodymyr Zelensky se ter avistado no dia anterior, em Londres e Bruxelas, com parceiros europeus e da NATO, e em plenas negociações bilaterais dos enviados da Casa Branca com a Rússia sobre o fim do conflito iniciado com a invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022.
"Estamos a trabalhar ativamente em todos os elementos de possíveis medidas para o fim da guerra. As propostas ucranianas e europeias estão agora mais avançadas e estamos preparados para apresentá-las aos nossos parceiros nos Estados Unidos", indicou hoje o Presidente ucraniano, que espera "tornar estas medidas viáveis o mais rapidamente possível".
Ao receber Zelensky no pátio do Palácio Chigi, sede do Governo italiano, Meloni, aliada de Trump na Europa e que sempre demonstrou apoio a Kiev, cumprimentou-o com um abraço, tendo depois realizado uma reunião à porta fechada de uma hora e meia.
Mais tarde, o Presidente ucraniano relatou, através da rede X, que a reunião tinha sido “excelente e muito substancial”, na qual foram abordados “todos os aspetos” da situação diplomática.
O Presidente ucraniano agradeceu também à primeira-ministra italiana pelo pacote de ajuda prometido e pelo fornecimento de geradores de energia.
"É exatamente isto que vai apoiar as famílias ucranianas, o nosso povo, as nossas crianças e o quotidiano nas nossas cidades e comunidades, que continuam a sofrer constantes ataques russos. Precisamos de proteger vidas. Obrigado, Itália!", concluiu.
Antes de se reunir com Meloni, Zelensky visitou o Papa Leão XIV na sua residência em Castel Gandolfo, perto de Roma.
Durante a audiência, o pontífice norte-americano reiterou “a necessidade de continuar o diálogo e renovou o seu desejo urgente de que as iniciativas diplomáticas em curso conduzam a uma paz justa e duradoura", segundo um comunicado da Santa Sé.
O Presidente ucraniano anunciou na segunda-feira que Kiev está a preparar um plano alternativo para apresentar aos negociadores de Washington, ao mesmo tempo que reafirmou que não cederá qualquer território à Rússia.
Por outro lado, Zelensky respondeu ainda aos jornalistas que o questionaram, à saída de um hotel em Roma, sobre o apelo de Trump para a realização de eleições na Ucrânia, deixada numa entrevista publicada pelo Politico. "Estou sempre pronto", respondeu sucintamente.
O mandato de cinco anos de Zelensky deveria ter terminado em maio do ano passado, mas não foram realizadas eleições devido à lei marcial imposta devido à guerra com a Rússia.
A retirada da região do Donbass, bem como a renúncia da Ucrânia à adesão à NATO, a garantias de segurança e às reparações russas no pós-guerra, são alguns dos pontos em que nem as partes beligerantes nem os mediadores conseguiram chegar a um acordo.
Na última semana, as negociações foram marcadas por encontros entre o enviado especial da Casa Branca, Steve Witkoff, e o líder russo, Vladimir Putin, em Moscovo, e com o negociador ucraniano Rustem Umerov em Miami, sem que tenha sido alcançado qualquer acordo até ao momento.
A retirada da região do Donbass, bem como a renúncia da Ucrânia à adesão à NATO, a garantias de segurança e às reparações russas no pós-guerra, são alguns dos pontos em que nem as partes beligerantes nem os mediadores conseguiram chegar a um acordo.
Na última semana, as negociações foram marcadas por encontros entre o enviado especial da Casa Branca, Steve Witkoff, e o líder russo, Vladimir Putin, em Moscovo, e com o negociador ucraniano Rustem Umerov em Miami, sem que tenha sido alcançado qualquer acordo até ao momento.
"Não estamos numa feira de Natal e o nosso território não está à venda"
"A Ucrânia reafirma a sua disponibilidade para tomar medidas concretas para restaurar uma paz abrangente, justa e duradoura. Mas quero deixar claro: o nosso território e a nossa soberania não estão à venda. Não estamos numa feira de Natal", afirmou o diplomata ucraniano numa reunião do Conselho de Segurança da ONU.
Kiev recusa ceder território à Rússia, um dos pontos que estará incluído no plano de paz promovido pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, para pôr fim à guerra na Ucrânia. Durante a reunião, Andrii Melnyk concentrou as suas declarações em torno de uma questão: "Porque é que a Rússia ainda é capaz de travar esta guerra brutal contra a Ucrânia?".
O representante diplomático de Kiev respondeu à sua própria questão e argumentou que a comunidade internacional não está a fazer o suficiente para travar a máquina de guerra de Moscovo através da aplicação de sanções e cortes na importação de energia russa.
"Porque é que, quase quatro anos depois de ter lançado a sua invasão militar em grande escala, Moscovo mantém os meios materiais, financeiros e políticos para continuar a atacar as cidades ucranianas e a matar civis? E porque é que a comunidade internacional ainda tolera isso?", questionou.
"A principal razão pela qual a Rússia ainda consegue continuar a sua guerra contra a Ucrânia, produzir armas, mísseis e drones que matam as nossas crianças todos os dias é bastante simples. A Rússia ganha todo o dinheiro para financiar a guerra exportando a sua energia, recursos, petróleo, gás e carvão", vincou.