UE disposta a contribuir para força de estabilização no Líbano
Vários Estados-membros da União Europeia estão prontos para enviar homens para o sul do Líbano no quadro de uma força de estabilização, revelou hoje José Manuel Durão Barroso após um encontro com o secretário-geral da ONU.
"Se houver uma decisão sobre o envio de uma força de estabilização sei que alguns Estados-membros da União Europeia estão prontos para contribuir" com o envio de homens, disse o presidente da Comissão Europeia ao lado de Kofi Annan, durante uma encontro com os jornalistas em Bruxelas.
A situação no Médio Oriente foi um dos temas que Barroso e Annan discutiram num encontro hoje de manhã em Bruxelas.
Para o secretário-geral das Nações Unidas o "conceito e a dimensão" dessa força têm de ser estudados mas terá de ser "consideravelmente maior" do que os 2.000 homens que a ONU tem actualmente na região.
Durão Barroso destacou a importância de se começar a pensar nos esforços que terão de ser feitos para apoiar, em termos humanitários e de ajuda à reconstrução, as pessoas afectadas pela violência no sul do Líbano e afirmou que a Comissão Europeia já está a trabalhar nesse sentido.
Precisamos de "acções concretas e específicas", insistiu o secretário-geral das Nações Unidas.
"É urgente que a comunidade internacional actue", disse Annan, declarando-se "muito preocupado com a situação no terreno no Médio Oriente".
Na cimeira do G8 em São Petersburgo, segunda-feira, Kofi Annan, propôs o envio para o Líbano de uma força de estabilização, mal terminem os ataques e seja recebido o relatório elaborado por uma equipa da ONU, que já se encontra no terreno.
Na altura, a ideia de uma força internacional mereceu o apoio do primeiro-ministro britânico, Tony Blair, e do Presidente francês, Jacques Chirac, que destacou a importância da iniciativa para desmantelar as milícias armadas no Líbano prevista na resolução 1559, e que continua por cumprir.