Durante uma entrevista coletiva à AFP e a duas rádios da comunidade judaica francesa (Rádio J e RCJ), Sarkozy declarou: "Estado judeu, não sei o que isso que dizer", acrescentando que falar de "um `Estado do povo judeu`, já é mais interessante".

"Eu defendo a ideia de dois estados-nação. Um `Estado judeu` não tem significado porque um Estado não é judeu ou católico. Um `Estado do povo judeu` é uma discussão que podemos ter, mas um ?Estado judeu` não tem nenhum sentido", insistiu.

A 18 de julho, o ministro francês dos Negócios estrangeiros, Alain Juppé, já tinha criticado a noção de "Estado judeu". "Que eu saiba, hoje em Israel, hoje há judeus mas também há árabes", declarou então Juppé.

As declarações do ministro dos Negócios Estrangeiros foram na altura recebidas com "espanto" pelo Conselho Representativo das Instituições Judaicas de França (CRIF), que defendeu como "bastante normal que o povo judeu possa dispor de um Estado".

O CRIF recordou ainda que "numa resolução de 1947, a Assembleia geral da ONU votou a favor da existência de um ?Estado judeu` e de um ?Estado árabe`.