União Europeia exige libertação de agente diplomático detido no Mali
A União Europeia exigiu hoje a libertação de um agente diplomático detido em meados de agosto pelas autoridades do Mali "em violação" do direito internacional e na posse dos documentos legais adequados.
"A União Europeia (UE) condena a detenção de um membro do corpo diplomático em Bamako pelas autoridades malianas, tornada pública na quinta-feira, 14 de agosto", afirmou hoje a chefe da diplomacia europeia, Kaja Kallas, em nome dos 27 Estados-Membros da União, num comunicado, no qual considera que "esta detenção constitui uma violação da Convenção de Viena sobre as Relações Diplomáticas".
Bruxelas não especifica a nacionalidade do diplomata, mas de acordo com a agência francesa de notícias, a France-Presse (AFP), as datas coincidem com a detenção de um oficial de inteligência francês destacado na embaixada da França em Bamako e registado como tal junto das autoridades.
O agente em causa está "devidamente acreditado pelas autoridades malianas e titular de um cartão diplomático maliano que não deixa qualquer dúvida sobre o seu estatuto", vinca Bruxelas, apelando "à libertação imediata deste agente e ao pleno respeito pelos princípios do direito internacional".
As autoridades malianas acusam este diplomata de ter participado numa conspiração contra as instituições liderada por "um pequeno grupo de elementos marginais das forças armadas de segurança malianas".
O Ministério dos Negócios Estrangeiros francês denunciou na altura "acusações infundadas" e exigiu a "libertação imediata" do seu cidadão.
Em resposta a esta detenção, Paris suspendeu a sua cooperação antiterrorista com Bamako e intimou dois funcionários da embaixada do Mali em França a abandonar o seu território, segundo informações obtidas pela AFP a 19 de setembro.