União Europeia financia bordel na fronteira checo-alemã

por RTP
François Lenoir, Reuters

Afinal, a União Europeia não é tão avessa a financiar "copos e mulheres" como pretendia o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem. A história que agora veio a público é significativa.

Dá-se o caso de uma pensão na antiga aldeia de Pomezi, na zona de fronteira entre a Alemanha e a República Checa, ter pedido um financiamento eurocomunitário, alegadamente para modernizar as suas instalações.

Segundo uma investigação levada a cabo pelo site de informação MDR-exakt, a União Europeia atribuiu o solicitiado financiamento de 40.000 euros sem hesitar. Afinal, verificou-se depois que a pensão "modernizada" se destinava ao funcionamento de um bordel.

Segundo a reportagem da MDR-exakt, a Comissão Europeia está agora a reavaliar o dossier e pondera fazer intervir a unidade anticorrupção OLAF para verificar se algum dos chamados "decisores" de Bruxelas estaria ao corrente do verdadeiro destino daquela verba.

Os empresários requerentes estão, para já, confrontados com uma exigência europeia de devolução do subsídio. O presidente da "firma" recusou-se a prestar declarações à reportagem de MDR-exakt.

Entretanto, o deputado alemão da CDU Peter Jahr já tratou de atribuir as culpas do incidente ao sistema checo de atribuição de subsídios, que paga primeiro e verifica depois se a utilização corresponde às alegações do pedido. O comentário de Jahr redirecciona, portanto, as suspeitas de corrupção de Bruxelas para Praga.
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