União Europeia prepara novas sanções contra a Bielorrússia

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE) abrem esta segunda-feira caminho a novas sanções contra a Bielorrússia e, numa reunião com ministros da Defesa, iniciam as negociações sobre a futura estratégia de Defesa e Segurança.

Lusa /
A União Europeia prepara novas sanções contra a Bielorrússia Reuters (arquivo)

Com uma agenda muito preenchida, os chefes de diplomacia dos 27 começam por se reunir, em Bruxelas, num Conselho de Negócios Estrangeiros com vários pontos em agenda, entre os quais a situação nas fronteiras com a Bielorrússia e “a instrumentalização de migrantes” pelo regime de Alexander Lukashenko, que será alvo de um quinto pacote de sanções.

Há vários dias a tentar conter as chegadas na Bielorrússia, sobretudo através de contactos com vários países, especialmente da região do Médio Oriente, para convencê-los a evitar que as pessoas embarquem em voos para Minsk – tendo a Turquia sido o primeiro país a decretar tal proibição – a UE deverá dar hoje luz verde ao reforço das sanções contra o regime de Lukashenko, com a ampliação da lista negra de indivíduos e entidades alvo de medidas restritivas, e que poderá incluir companhias aéreas que pactuem com aquilo que o bloco europeu classifica como um ataque híbrido contra a União.

A UE acusa Minsk de orquestrar o fluxo migratório, em particular através da emissão de vistos, como retaliação às sanções ocidentais impostas ao regime de Alexander Lukashenko após a repressão brutal de dirigentes da oposição.

Após o Conselho de Negócios Estrangeiros, cuja agenda contempla ainda discussões sobre o Sahel e os Balcãs Ocidentais, entre outros temas, os chefes da diplomacia da UE terão a partir das 18h30 locais (17h30 de Lisboa) uma sessão conjunta com os ministros da Defesa, no que é conhecido em Bruxelas como o "Conselho Jumbo", no qual o Alto Representante Josep Borrell vai apresentar formalmente aos 27 o primeiro esboço de proposta da nova "Bússola Estratégica" da União.

O objetivo da "Bússola" é “dar à UE orientações e ferramentas para agir de forma eficaz à luz das ameaças e superar os desafios no domínio da Defesa e da Segurança”, constituindo a discussão de hoje em torno do documento apresentado por Borrell o início das negociações entre os 27, que deverão decorrer ao longo dos próximos meses.
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