Ataque com arma branca em Paris. Suspeitos já foram detidos

por RTP
Ian Langsdon - EPA

Um homem com uma arma branca agrediu várias pessoas num bairro de Paris, perto da antiga sede do jornal satírico Charlie Hebdo. Há notícia de pelo menos quatro feridos, dos quais dois em estado grave. A polícia de Paris já deteve dois suspeitos do ataque. A Procuradoria antiterrorismo abriu entretanto um inquérito por "tentativa de homicídio relacionado com ato terrorista e organização terrorista criminosa".

As autoridades parisienses confirmam que, esta sexta-feira de manhã, quatro pessoas foram feridas com armas brancas em Paris, junto ao edifício da antiga redação do jornal satírico Charlie Hebdo. De acordo com a BFMTV, foi ainda encontrado um pacote suspeito e as autoridades pediram às pessoas para evitarem a zona.

Dois dos feridos estão em estado de "emergência absoluta".

Segundo a imprensa francesa, dois suspeitos colocaram-se em fuga, mas foram já detidos. O primeiro homem foi capturado perto da Praça da Bastilha e um segundo suspeito terá sido detido pouco depois na rede do metro de Paris, segundo fonte judicial citada pela imprensa francesa.

A agência noticiosa Premières Lignes, que funciona no edifício, confirmou à rádio France 2 que dois dos seus trabalhadores, "um homem e uma mulher", foram feridos no ataque, ocorrido na rua.

Um responsável policial explicou que foi montado um cordão policial na área, incluindo o edifício da antiga redação, depois de ter sido encontrado um embrulho suspeito.
O primeiro-ministro francês, Jean Castex, anunciou uma reunião com o ministro do Interior para monitorizar a situação.


Há ainda a informação de que "milhares de alunos foram confinados" por precaução e que escolas, creches e residências de idosos na zona foram encerrados.

Recorde-se que a antiga redação do jornal, na zona leste de Paris, foi palco, a 7 de janeiro de 2015, de um ataque jihadista que fez 12 mortos e cinco feridos graves. O julgamento dos presumíveis cúmplices desse e de outros ataques em Paris está a decorrer, desde o início de setembro, na capital francesa.

O Charlie Hebdo mudou as suas instalações depois do ataque de 2015.
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