Venezuela anuncia ter intercetado três aviões de narcotráfico

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou quarta-feira que o exército intercetou, nos últimos três dias, três aviões usados para o narcotráfico, que "vinham do norte" e das Caraíbas.

Lusa /
Miraflores Palace - Reuters

Na segunda-feira, declarou Maduro numa emissão televisiva, "um avião usado para o tráfico de drogas entrou pelas Caraíbas" e a aviação venezuelana "detetou-o num segundo".

"Hoje [quarta-feira], dois aviões utilizados para o tráfico de droga entraram pelo norte. E, de acordo com a nossa lei, temos uma lei de interceção (...) Pim, pum, pam!", acrescentou.

 Nicolás Maduro também disse que os serviços de informações e contrainformações do seu país derrotaram um suposto plano da CIA norte-americana, que consistia em atacar embarcações dos Estados Unidos destacadas em Trindade e Tobago, onde o governo de Donald Trump ordenou exercícios militares.

"A própria CIA [Agência Central de Inteligência], com toda a maldade que a caracteriza, ia atacar os próprios navios dos Estados Unidos. E a quem iriam atribuir a culpa? (...) E por que iriam atribuir a culpa à Venezuela? Para justificar uma escalada e um confronto entre povos irmãos", afirmou Maduro, durante uma visita a um setor do maior bairro do país e da América Latina, Petare.

Numa transmissão do canal estatal Venezolana de Televisión (VTV), o líder do regime chavista informou ainda sobre a prisão de "mercenários" que "confessaram tudo", e também mencionou a captura de indivíduos no leste do país, sem dar mais informações a respeito.

O Presidente falou sobre a "boa vizinhança entre países limítrofes", numa referência a Trindade e Tobago, país localizado a apenas 11 quilómetros da costa da Venezuela, mas mencionou que o `imperialismo` "semeia discórdia, intriga e ódio" para colocar "em conflito" povos vizinhos que "coexistiam em paz".

No domingo passado, a Venezuela denunciou uma "provocação militar" por parte de Trindade e Tobago "em coordenação" com a CIA para "instalar uma guerra" nas Caraíbas.

Estes anúncios de Maduro ocorrem no momento em que os Estados Unidos enviaram navios de guerra para a região das Caraíbas e realizam ataques contra barcos de supostos narcotraficantes.

Washington acusa Maduro de fazer parte de um cartel, o que o Presidente venezuelano nega veementemente, garantindo que está a lutar contra o narcotráfico.

No âmbito do destacamento, a aviação americana realizou vários voos perto da costa venezuelana nas últimas semanas.

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