Vídeo sugere explosões em cidade norte-coreana perto da China

por Lusa

Um vídeo obtido pela agência de notícias Associated Press mostra fumo negro a sair de uma cidade norte-coreana junto à fronteira com a China, numa altura em que há relatos de vítimas mortais devido a várias explosões.

Nem a Coreia do Norte nem a China divulgaram qualquer informação sobre o sucedido na cidade norte-coreana de Hyesan, na segunda-feira, mas a imprensa sul-coreana relatou que explosões de gás, numa área residencial, deixaram dezenas de pessoas mortas ou feridas.

O vídeo adquirido pela AP mostra chamas alaranjadas e fumo negro a ser libertado em direção ao céu, em Hyesan, enquanto se ouvem explosões. Algumas pessoas podem ser vistas a assistir à cena do lado chinês da fronteira.

O vídeo foi fornecido por Wang Bo, um agente de viagens que afirmou ter registados as imagens a partir de um parque na cidade fronteiriça chinesa de Changbai.

"Acabei de ver as explosões e havia muitas pessoas que estavam a olhar nessa direção. Não sabemos o motivo das explosões", disse.

Wang, que afirmou ter visitado Hyesan anteriormente, disse que as explosões aconteceram não muito longe do orfanato e escritório de turismo da cidade.

Muitas cidades fronteiriças chinesas estão muito próximas da Coreia do Norte, separadas apenas por um rio.

Outros vídeos das referidas explosões estão a circular nas redes sociais chinesa e sul-coreana.

Em Seul, os serviços de inteligência da Coreia do Sul e o ministério da Unificação, que lida com as relações com a Coreia do Norte, disseram não poderem confirmar imediatamente as explosões relatadas.

O Daily NK, jornal especializado em notícias da Coreia do Norte e que tem sede em Seul, avançou que as explosões deixaram pelo menos 15 mortos.

O jornal escreveu que gasolina armazenada numa casa em Hyesan incendiou-se e levou à explosão de um cilindro de gás de petróleo liquefeito nas proximidades, o que causou explosões em cadeia de cilindros de gás em outras casas.

Outros meios de comunicação sul-coreanos publicaram informações semelhantes.

A imprensa estatal norte-coreana, que raramente reconhece acidentes mortais no país, não comentou as explosões.

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