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Viktor Orbán. Primeiro-ministro húngaro quer ajuda de Trump na campanha para a reeleição
Viktor Orbán dirigiu um convite a Donald Trump para o ajudar a impulsionar a campanha com vista à reeleição. O primeiro-ministro húngaro espera agora que o antigo presidente dos Estados Unidos viaje até à Hungria nas próximas semanas.
A notícia foi avançada, esta sexta-feira, pelo Guardian que, através de fontes governamentais, confirmou que o Centro para os Direitos Fundamentais da Hungria, uma estrutura que tem ligações ao Governo de Orbán, endereçou o pedido a Donald Trump.
O convite ao ex-presidente norte-americano surge no momento em que Viktor Orbán se prepara para dar início à sua campanha para as eleições de 3 de abril. O atual primeiro-ministro, que lidera o partido de extrema-direita Fidesz, vai enfrentar uma coligação de partidos da oposição - o que é visto pelos media como o maior desafio de Orbán desde que assumiu a liderança do Executivo há 12 anos.
"Os membros do Fidesz gostariam muito que Trump visitasse Budapeste em Março", disse a mesma fonte ao jornal britânico.
Segundo a publicação, Trump ainda não terá respondido ao convite para apoiar a campanha de Orbán. Aceitando, deverá deslocar-se nas próximas semanas à Hungria, naquela que será a primeira viagem ao estrangeiro do antigo presidente dos EUA desde que perdeu as Eleições de 2020.
"Estas visitas têm uma enorme influência na comunidade conservadora húngara, porque o veem [a Trump] como um ícone, como alguém que passou a sua Presidência a enfrentar ventos contrários", acrescentou fonte próxima do partido de Viktor Orbán.
Ao jornal, um ex-funcionário republicano comentou, no entanto, que é de conhecimento público o receio de Donald Trump em ser infetado pelo SARS-CoV-2 e ficar com Covid-19 durante as viagens ao estrangeiro, havendo por isso a possibilidade de vir a alegar essa razão para não aceitar o convite do primeiro-ministro húngaro.
Segundo a publicação, Trump ainda não terá respondido ao convite para apoiar a campanha de Orbán. Aceitando, deverá deslocar-se nas próximas semanas à Hungria, naquela que será a primeira viagem ao estrangeiro do antigo presidente dos EUA desde que perdeu as Eleições de 2020.
"Estas visitas têm uma enorme influência na comunidade conservadora húngara, porque o veem [a Trump] como um ícone, como alguém que passou a sua Presidência a enfrentar ventos contrários", acrescentou fonte próxima do partido de Viktor Orbán.
Ao jornal, um ex-funcionário republicano comentou, no entanto, que é de conhecimento público o receio de Donald Trump em ser infetado pelo SARS-CoV-2 e ficar com Covid-19 durante as viagens ao estrangeiro, havendo por isso a possibilidade de vir a alegar essa razão para não aceitar o convite do primeiro-ministro húngaro.
Conferência conservadora na Hungria
Embora não tenha sido confirmado pelos porta-vozes de Trump e de Orbán, a imprensa avança ser provável que o ex-presidente tenha sido convidado para a Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC) que se realiza a 25 a 26 de março em Budapeste, sendo a primeira vez que um país europeu será palco do principal evento conservador.
Segundo disse à agência de notícias húngara MTI o diretor do Centro de Direitos Fundamentais, Miklos Szanthó, vários senadores norte-americanos vão participar nesta conferência, assim como Santiago Abascal, líder do partido espanhol Vox e o filho de Jair Bolsonaro, Eduardo.
O partido Fidesz quer que Donald Trump se junte a Viktor Orbán como orador principal do evento, disse a fonte do governo húngaro.
“De acordo com os nossos planos, vários norte-americanos de alto nível vão participar na CPAC Hungria, incluindo políticos, assim como pensadores proeminentes e líderes de opinião de direita. Temos a certeza de que qualquer nova informação sobre os convidados e palestrantes chegará à comunicação social oportunamente", disse Miklos Szanthó.
Segundo disse à agência de notícias húngara MTI o diretor do Centro de Direitos Fundamentais, Miklos Szanthó, vários senadores norte-americanos vão participar nesta conferência, assim como Santiago Abascal, líder do partido espanhol Vox e o filho de Jair Bolsonaro, Eduardo.
O partido Fidesz quer que Donald Trump se junte a Viktor Orbán como orador principal do evento, disse a fonte do governo húngaro.
“De acordo com os nossos planos, vários norte-americanos de alto nível vão participar na CPAC Hungria, incluindo políticos, assim como pensadores proeminentes e líderes de opinião de direita. Temos a certeza de que qualquer nova informação sobre os convidados e palestrantes chegará à comunicação social oportunamente", disse Miklos Szanthó.
De acordo com o Centro para os Direitos Fundamentais da Hungria, em cima da mesa estará uma acção “contra o fundamentalismo de direitos humanos e o politicamente correto de hoje”.
A organização é conhecida por ecoar as comunicações do Governo e criar vídeos de propaganda e, segundo uma investigação do jornal húngaro Átlátszó, quase todo o seu orçamento é fornecido por doações financiadas por fundos públicos.
Recorde-se que Trump e Orbán se conheceram durante uma visita do primeiro-ministro húngaro à Casa Branca em 2019, altura em que o então presidente dos EUA afirmou que os dois líderes eram "semelhantes": “Você é respeitado em toda a Europa. Provavelmente um pouco como eu, um pouco controverso, mas tudo bem”.
Na altura, David Cornstein, embaixador dos EUA em Budapeste, disse que Trump admirava Orbán pela sua imagem de homem forte e controlo político no país: “Ele adoraria ter a situação que Viktor Orbán tem”.
Depois de Trump ter perdido as eleições, as relações de Orbán com a Casa Branca deterioraram-se e a Hungria foi a única nação da União Europeia que não foi convidada para a recente Cimeira da Democracia de Joe Biden. Contudo, a relação entre Orbán e Trump manteve-se.
A organização é conhecida por ecoar as comunicações do Governo e criar vídeos de propaganda e, segundo uma investigação do jornal húngaro Átlátszó, quase todo o seu orçamento é fornecido por doações financiadas por fundos públicos.
Recorde-se que Trump e Orbán se conheceram durante uma visita do primeiro-ministro húngaro à Casa Branca em 2019, altura em que o então presidente dos EUA afirmou que os dois líderes eram "semelhantes": “Você é respeitado em toda a Europa. Provavelmente um pouco como eu, um pouco controverso, mas tudo bem”.
Na altura, David Cornstein, embaixador dos EUA em Budapeste, disse que Trump admirava Orbán pela sua imagem de homem forte e controlo político no país: “Ele adoraria ter a situação que Viktor Orbán tem”.
Depois de Trump ter perdido as eleições, as relações de Orbán com a Casa Branca deterioraram-se e a Hungria foi a única nação da União Europeia que não foi convidada para a recente Cimeira da Democracia de Joe Biden. Contudo, a relação entre Orbán e Trump manteve-se.