A primeira-ministra britânica anunciou esta tarde que não vai mudar, pelo menos para já, qualquer ministro, incluindo o ministro das Finanças Philip Hammond e dos Negócios Estrangeiros, Boris Johnson. Antes das eleições especulava-se que Theresa May pretendia mexer no Executivo caso vencesse com uma maioria confortável. O que não aconteceu.
Esta sexta-feira o gabinete de Theresa May anunciou que ele fica, tal como ficam também Boris Johnson, Amber Rudd, ministra do Interior, o responsável pela Defesa Michael Fallon e o ministro do Brexit, David Davis.
É a primeira ação concreta da primeira-ministra britânica depois da cartada das eleições antecipadas que jogou e perdeu. O Partido Conservador não conseguiu maioria e precisou de uma aliança - já anunciada - com os unionistas da Irlanda do Norte para se manter no poder.
Mas se os números indicam que May venceu as eleições, nos bastidores da política britânica a conversa já é outra.
A primeira-ministra sai fragilizada e arrisca mais oposição interna e externa aos planos para a saída do Reino Unido da União Europeia.
Fonte do Partido Conservador disse à Reuters que há já quem esteja a preparar caminho para tomar o lugar de Theresa May apesar de, ao mesmo tempo, considerarem que esse assalto ao poder, nesta altura, pode ser "um cálice envenenado".
"Para já ela fica", disse a mesma fonte.
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