Mundo
Voo MH17. Rússia acusada de tentar obstruir investigação
Os procuradores holandeses acusaram a Rússia de tentar obstruir a investigação sobre a queda do voo MH17 da Malaysian Airlines na Ucrânia, em 2014. Os procuradores denunciam a alegada tentativa de lançar uma “sombra negra” sobre o julgamento de quatro suspeitos do acidente.
No segundo dia do julgamento de quatro acusados de, há cinco anos, terem provocado a queda de um avião Boeing 777, levando às mortes das 298 pessoas a bordo, os procuradores acusaram a Rússia de executar ataques informáticos contra os investigadores. Invocaram também a suspeita de Moscovo ter tentado encontrar testemunhas.
“Há indícios claros de que os serviços de segurança russos estão a tentar obstruir ativamente os esforços para estabelecer a verdade por trás do acidente do voo MH17”, afirmou o procurador Thijs Berger no tribunal de Schiphol, em Amesterdão.A Rússia nega qualquer envolvimento quer no ataque aéreo, quer na obstrução à investigação.
Os Países Baixos responsabilizam a Rússia pelas mortes dos seus cidadãos, garantindo que “as autoridades britânicas e holandesas determinaram que os agentes russos da GRU – departamento russo de Informação – estavam envolvidos em várias tentativas de piratear os sistemas informáticos das autoridades de investigação da Malásia”.
Os procuradores holandeses afirmam que os réus ajudaram a transportar o sistema de mísseis antiaéreos russos, que posteriormente foram disparados por outras pessoas, ainda não identificadas, levando à queda do voo civil MH17, em que a maioria dos passageiros eram cidadãos holandeses.
Sergei Doubinsky, Igor Guirkine e Oleg Poulatov, de nacionalidade russa, e Leonid Khartchenko, de nacionalidade ucraniana, estão a ser processados pela procuradoria holandesa por assassínio e por causarem a queda do avião de forma deliberada.
Os familiares das vítimas realizaram um protesto em frente à embaixada russa na Holanda, onde colocaram 298 cadeiras, simbolizando cada pessoa a bordo do avião.
“A Rússia ainda nos deve bastantes respostas”, afirmaram os familiares, que admitem que o julgamento pode fazer com que percebam as motivações que originaram o ataque.
O ataque aéreo
A 17 de julho de 2014, o voo MH17 da Malaysia Airlines, que fazia a ligação entre Amesterdão e Kuala Lumpur, perdeu o contacto com a companhia aérea. Momentos depois, soube-se que a aeronave se tinha despenhado na região de Grabovo, a leste da Ucrânia – um território ocupado por rebeldes pró-Moscovo que combatiam as forças do Governo ucraniano.
Os responsáveis pela investigação do caso afirmaram ter encontrado provas de que o avião tinha sido abatido por um sistema de mísseis de uma base militar russa. A mesma equipa garantiu, em maio de 2018, que os mísseis pertenciam à 53ª Brigada de Misseis Antiaéreos da Rússia.
De acordo com os procuradores encarregues do caso, os quatro suspeitos sob julgamento ajudaram a organizar o sistema de mísseis, sendo por isso cúmplices da morte dos 283 passageiros e dos 15 tripulantes a bordo.
O julgamento teve início na segunda-feira, na Holanda, e poderá durar mais de três anos.
Um dos juízes considerou o ataque ao avião “um desastre atroz” que levou “à trágica perda de vidas humanas que tocou pessoas por todo o mundo”.
No caso de serem condenados, os suspeitos poderão enfrentar penas de prisão perpétua.
“Há indícios claros de que os serviços de segurança russos estão a tentar obstruir ativamente os esforços para estabelecer a verdade por trás do acidente do voo MH17”, afirmou o procurador Thijs Berger no tribunal de Schiphol, em Amesterdão.A Rússia nega qualquer envolvimento quer no ataque aéreo, quer na obstrução à investigação.
Os Países Baixos responsabilizam a Rússia pelas mortes dos seus cidadãos, garantindo que “as autoridades britânicas e holandesas determinaram que os agentes russos da GRU – departamento russo de Informação – estavam envolvidos em várias tentativas de piratear os sistemas informáticos das autoridades de investigação da Malásia”.
Os procuradores holandeses afirmam que os réus ajudaram a transportar o sistema de mísseis antiaéreos russos, que posteriormente foram disparados por outras pessoas, ainda não identificadas, levando à queda do voo civil MH17, em que a maioria dos passageiros eram cidadãos holandeses.
Sergei Doubinsky, Igor Guirkine e Oleg Poulatov, de nacionalidade russa, e Leonid Khartchenko, de nacionalidade ucraniana, estão a ser processados pela procuradoria holandesa por assassínio e por causarem a queda do avião de forma deliberada.
Os familiares das vítimas realizaram um protesto em frente à embaixada russa na Holanda, onde colocaram 298 cadeiras, simbolizando cada pessoa a bordo do avião.
“A Rússia ainda nos deve bastantes respostas”, afirmaram os familiares, que admitem que o julgamento pode fazer com que percebam as motivações que originaram o ataque.
O ataque aéreo
A 17 de julho de 2014, o voo MH17 da Malaysia Airlines, que fazia a ligação entre Amesterdão e Kuala Lumpur, perdeu o contacto com a companhia aérea. Momentos depois, soube-se que a aeronave se tinha despenhado na região de Grabovo, a leste da Ucrânia – um território ocupado por rebeldes pró-Moscovo que combatiam as forças do Governo ucraniano.
Os responsáveis pela investigação do caso afirmaram ter encontrado provas de que o avião tinha sido abatido por um sistema de mísseis de uma base militar russa. A mesma equipa garantiu, em maio de 2018, que os mísseis pertenciam à 53ª Brigada de Misseis Antiaéreos da Rússia.
De acordo com os procuradores encarregues do caso, os quatro suspeitos sob julgamento ajudaram a organizar o sistema de mísseis, sendo por isso cúmplices da morte dos 283 passageiros e dos 15 tripulantes a bordo.
O julgamento teve início na segunda-feira, na Holanda, e poderá durar mais de três anos.
Um dos juízes considerou o ataque ao avião “um desastre atroz” que levou “à trágica perda de vidas humanas que tocou pessoas por todo o mundo”.
No caso de serem condenados, os suspeitos poderão enfrentar penas de prisão perpétua.