Um milhar de assembleias de voto espalhadas pela Cisjordânia e pela Faixa de Gaza, principalmente em escolas, abriram as suas portas às 07:00 (05:00 em Lisboa) para acolher os cerca de 1,35 milhões de palestinianos chamados a participar no escrutínio.

Em Jerusalém-Este, cinco assembleias de voto abriram as suas portas à mesma hora sob a vigilância de 2.000 polícias israelitas, espalhados por toda a zona anexada da cidade santa, revelou fonte policial israelita.

O final da votação está previsto para as 19:00 (17:00 em Lisboa) e os primeiros resultados oficiais devem ser publicados quinta ou sexta-feira, embora seja esperada uma estimativa imediata após o escrutínio com as sondagens à boca das urnas.

Um dos principais motivos de interesse do escrutínio é a entrada prevista no Conselho Legislativo do movimento radical Hamas, que participa nas eleições legislativas pela primeira vez, depois de boicotar as anteriores, realizadas em 1996.

O Hamas, que defende a luta armada contra Israel, deve acabar com a hegemonia exercida há uma década pelo partido Fatah nas instituições da Autoridade Palestiniana.

O líder palestiniano Mahmud Abbas, que conseguiu realizar as eleições contra ventos e marés, apelou aos palestinianos para votar em massa, afirmando que o escrutínio constitui uma "etapa decisiva" rumo à independência palestiniana.

Metade dos 132 deputados do Conselho Legislativo Palestiniano serão eleitos no escrutínio maioritário uninominal nas circunscrições enquanto a outra metade será proporcional às listas.

O Conselho Legislativo Palestiniano cessante, com 88 lugares, é dominado pela Fatah.