Vulcão Nova Zelândia. Número de mortos sobre para seis

por RTP
EPA

A polícia da Nova Zelândia confirmou mais uma morte relacionada com a erupção do vulcão Whakaari, fazendo subir para seis o número de vítimas mortais. Há ainda oito pessoas desaparecidas. A polícia da Nova Zelândia anunciou hoje que vai abrir uma investigação criminal para determinar se houve responsabilidades dos operadores turísticos ou outras instituições.

A sexta vítima mortal estava a ser tratada no hospital Middlemore, mas não resistiu aos ferimentos. Cerca de 30 pessoas ficaram feridas, muitas com queimaduras graves numa grande extensão do corpo na sequência da erupção, que lançou rochas e uma grande quantidade de cinzas
"É possível que nem todos os pacientes sobrevivam", disse o porta-voz do Ministério da Saúde, Pete Watson.

No momento da erupção do vulcão estavam 47 pessoas na ilha, de acordo com o último balanço da polícia. Oito pessoas estão desaparecidas e as autoridades duvidam que possa haver mais sobreviventes. A ilha está coberta de cinza.

Recenado uma nova erupção, as equipas de resgate não conseguiram entrar na ilha em busca dos desaparecidos.

“A escala desta tragédia é devastadora”, disse a primeira-ministra Jacinda Ardern no parlamento. “A todos os que perderam familiares ou amigos, partilhamos a sua dor. Estamos devastados”, continuou.
Nova Zelândia abre investigação criminal
A polícia da Nova Zelândia anunciou esta terça-feira que vai abrir uma investigação criminal para determinar se houve responsabilidades dos operadores turísticos, e outras instituições, na morte de pelo menos seis pessoas na sequência da erupção do vulcão.

O comando da polícia não esclareceu até que ponto a investigação irá, mas afirmou que os operadores turísticos vão ser investigados.

"Será analisado se existe um criminoso responsável pelas mortes. Ainda é muito cedo para anunciar", disse John Tims, responsável da polícia da Nova Zelândia.

As autoridades estão a concentrar hoje todos os esforços, em conjunto com especialistas em geologia, a estudar como entrar novamente a ilha para recuperar os corpos das oito pessoas que continuam desaparecidas.

"Não podemos dizer a 100% que todos estão mortos, mas há fortes indícios de que não resta ninguém vivo na ilha", disse John Tims.

A erupção, ocorrida às 14h11 de segunda-feira (01h11 em Lisboa), libertou uma espessa nuvem de fumo branco, a uma altura de 3,6 quilómetros.

Imagens captadas por uma câmara no local mostraram um grupo de meia dúzia de pessoas a andar pela cratera, alguns segundos antes da erupção do Whakaari.

No dia 3 de dezembro, o grupo de controlo de atividades geológicas da GeoNet alertou que o vulcão Whakaari "entrou num período de atividade eruptiva", embora tenha apontado que a situação não representava "um perigo direto para os visitantes".
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