Washington responsabiliza Teerão por tentativa de assassínio de embaixador saudita

Washington, 11 out (Lusa) - Os EUA acusaram hoje formalmente dois agentes do governo iraniano de tentativa de assassínio do embaixador da Arábia Saudita em Washington, numa conspiração "concebida, organizada e dirigida" pelo Irão, que rejeita a acusação, noticiaram as agências internacionais.

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Manssor Arbabsiar e Gholam Shakuri são acusados de ter preparado um atentado à bomba, numa conspiração "dirigida por elementos do governo iraniano", declarou o procurador-geral norte-americano, Eric Holder, em conferência de imprensa.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, sabia desde junho desta conspiração, anunciou, por sua vez, um responsável da Casa Branca.

O plano, que contou com a ajuda de um alegado membro de um cartel de droga mexicano, incluía o assassínio do embaixador Adel Al-Jubeir e ataques bombistas posteriores contra as embaixadas da Arábia Saudita e de Israel em Washington.

Arbabsiar, que tem dupla nacionalidade (EUA e Irão), foi preso a 29 de setembro no Aeroporto Kennedy, em Nova Iorque, e deverá ser presente hoje a um juiz do tribunal da cidade, adiantou em comunicado o Departamento de Justiça. O suspeito confessou que trabalhava para a Guarda Revolucionária Iraniana.

O outro suspeito, Gholam Shakuri, membro de uma unidade iraniana de operações especiais conhecida como Quds, ainda não foi detido. A unidade é suspeita de vários atentados no estrangeiro e apoio material aos talibãs e a organizações terroristas.

Os dois homens são acusados de "conspiração com vista a matar um responsável estrangeiro, uso de arma de destruição maciça e conspiração para cometer um ato de terrorismo internacional", de acordo com a mesma nota do Departamento de Justiça norte-americano.

Depois de conhecido o caso, os EUA preparam novas sanções contra o Irão, admitiu a secretária de Estado, Hillary Clinton, em declarações à agência AP.

O Irão, pela voz do conselheiro presidencial para a imprensa, rejeita, citado pela AFP, as acusações de conspiração contra o embaixador saudita, considerando-as "uma encenação pré-fabricada para desviar as atenções da opinião pública dos problemas internos dos Estados Unidos".

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