Wisconsin elege progressista para Supremo Tribunal em derrota para Trump e Musk

A juíza apoiada pelos democratas, Susan Crawford, foi eleita para o Supremo Tribunal do Wisconsin, no centro-oeste dos Estados Unidos, numa derrota para o presidente norte-americano Donald Trump, e para Elon Musk.

Lusa /
Musk e Trump derrotado nesta eleição para o Supremo Tribunal do Wisconsin Samuel Corum - Pool - EPA

De acordo com projeções dos meios de comunicação social, Crawford derrotou na terça-feira o candidato conservador, o juiz Brad Schimel, que na reta final da campanha recebeu o apoio de Trump e de Musk, um dos principais conselheiros da Casa Branca.

O Supremo Tribunal do Wisconsin é atualmente composto por quatro juízes progressistas e três conservadores, pelo que a eleição de Crawford, para um mandato de 10 anos, manterá a maioria progressista.

O resultado é um golpe para Musk, o homem mais rico do mundo, que está atualmente envolvido num processo na justiça do Wisconsin sobre uma lei que proíbe os fabricantes de veículos de terem os seus próprios concessionários e exige que outros vendam os seus veículos.

Musk e dois grupos políticos que ele patrocina terão gastado mais de 20 milhões de dólares (18,5 milhões de euros) na campanha do juiz conservador, com base numa contagem da organização não-governamental Brennan Center for Justice.

As eleições judiciais no Wisconsin, estado que votou a favor de Trump nas presidenciais de novembro, foram vistas como um referendo sobre os primeiros meses do republicano no cargo e a enorme influência de Musk na Casa Branca.

Passos da eleição

A votação ocorreu num momento em que o Supremo Tribunal do Wisconsin irá decidir sobre o direito ao aborto, que o estado autoriza até às 20 semanas de gestação, e os direitos das pessoas transgénero.

Susan Crawford é uma antiga advogada que lutou pelo direito ao aborto, para proteger os sindicatos e contra restrições à participação em eleições.

Até domingo, o último dia de votação antecipada, pelo menos 644.800 pessoas já tinham votado, com base numa contagem feita pela Comissão Eleitoral de Wisconsin.

Os números revelavam um crescimento de 57%, cerca de mais 235 mil votos relativamente às eleições judiciais de 2023.

 

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