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COVID-19
Xangai anuncia primeiras mortes por covid-19 desde novo confinamento
As autoridades de Xangai registaram esta segunda-feira as primeiras mortes por covid-19 do mais recente surto na cidade, que está sob confinamento há várias semanas. São três as pessoas que faleceram.
Todos os três infetados que morreram eram idosos (89 e duas pessoas com 91 anos) e tinham doenças subjacentes, como diabetes e hipertensão, e não estavam vacinados contra o coronavírus, disse Wu Ganiu, da Comissão de Saúde da cidade, em conferência de imprensa.
“Após entrarem no hospital, a condição de saúde de cada um agravou-se, e acabaram por morrer, apesar de várias tentativas para os salvar”, disse.
A totalidade de mortes na China causadas pelo novo coronavírus aumenta assim para 4.641.
A maioria dos 25 milhões de habitantes de Xangai está confinada nas suas casas, pela terceira semana.
O Governo chinês continua a implementar uma estratégia de ‘tolerância zero’ à doença, que inclui o isolamento de todos os casos positivos e o bloqueio de cidades inteiras.
O surto da variante Ómicron na cidade chinesa de mais de 24 milhões de pessoas já infetou pelo menos 320.000 pessoas desde março. É o pior surto na China desde o início da pandemia, mas apesar do alto número de casos, nenhuma morte tinha sido reportada como ficando a dever-se à covid-19.
Os moradores ficaram sem acesso a comida e necessidades diárias, face ao encerramento de supermercados e farmácias, e dezenas de milhares de pessoas foram colocadas em centros de quarentena, onde as luzes estão sempre acesas, o lixo se acumula e não existem chuveiros com água quente.
Embora o Partido Comunista Chinês tenha pedido medidas de prevenção mais direcionadas, as autoridades locais continuam a adotar medidas rigorosas.
Embora a maior parte dos casos ainda se relacione com Xangai, existem vários surtos por toda a China. Na sexta-feira, a cidade de Xian, no noroeste do país, anunciou um período de quatro dias de restrições ao movimento dos 13 milhões de habitantes, incluindo o encerramento de locais de entretenimento e restaurantes, e proibições de alguns transportes que saem da cidade.
Na cidade de Wenzhou, as autoridades permitiram recompensas de até
50.000 yuans (7.200 euros), por informações sobre pessoas que
falsificarem o seu estado de saúde, informou o portal de notícias The
Paper.