Zelensky diz que pelo menos oito drones russos visaram a Polónia durante ataque noturno

Vários mísseis e drones russos foram lançados para o espaço aéreo ucraniano durante a madrugada desta quarta-feira, dirigindo-se a várias regiões do centro e oeste do país. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que pelo menos oito drones russos foram apontados para a Polónia.

RTP /
State Emergency Service of Ukraine via REUTERS

O chefe do gabinete presidencial ucraniano, Andrí Yermak, escreveu nas suas redes sociais que a Rússia estava a atacar com "muitos mísseis", além de drones.

A Polónia abateu os drones que entraram no seu espaço aéreo durante o ataque russo no oeste da Ucrânia, classificando a incursão como "um ato de agressão".

"Hoje houve mais um passo na escalada - 'shaheds' russo-iranianos operaram no espaço aéreo da Polónia, no espaço aéreo da NATO", escreveu Zelensky na rede social X, referindo-se aos drones iranianos amplamente utilizados pela Rússia.

"Não foi apenas um 'shahed' que pode ser chamado de acidente. Pelo menos oito drones de ataque apontados para a Polónia", acrescentou.

No total, cerca de 415 drones e mais de 40 mísseis foram utilizados no ataque à Ucrânia, que se estendeu por 15 regiões ucranianas, matou uma pessoa na região de Zhytomyr e feriu outras três na região de Khmelnytskyi, segundo Zelensky.
Mísseis "chegarão ainda mais ao interior da Europa"

O ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, Andrí Sibiga, atribuiu o facto de o ataque russo ter afetado diretamente a Polónia ao "crescente sentimento de impunidade" do presidente russo, Vladimir Putin, por não ter sido punido pela comunidade internacional por escaladas anteriores.

"Putin simplesmente continua a escalar, expandindo a sua guerra, testando o Ocidente", escreveu Sibiga na rede social X.

O chefe da diplomacia ucraniana acrescentou que "uma resposta fraca" a este ataque incitará a Rússia a continuar a expandir a guerra. Sibiga escreveu que "os mísseis e drones russos chegarão ainda mais ao interior da Europa".

O ministro ucraniano pediu, como Kiev já fez em ocasiões anteriores em que drones russos caíram em território romeno ou polaco, que os países situados a oeste da Ucrânia utilizem as suas defesas aéreas para intercetar drones e mísseis que sobrevoem o oeste da Ucrânia.

c/ agências

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