O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu hoje aos países da NATO do chamado grupo Nove de Bucareste ajuda para defender a Ucrânia e para formar uma "coligação antiguerra" que leve Rússia à mesa das negociações.
O grupo Nove de Bucareste, cujos presidentes se reúnem hoje, em Varsóvia, é formado por Bulgária, Eslováquia, Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia, República Checa, Polónia e Roménia, todos membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) e da União Europeia (UE).
"Nós defendemos a nossa liberdade, a nossa terra. Precisamos de assistência internacional eficaz. Discuti isto com Andrzej Duda [Presidente da Polónia]. Apelei aos Nove de Bucareste para ajuda de defesa, sanções, pressão sobre o agressor", escreveu Zelensky na rede social Twitter.
"Juntos, temos de colocar a Rússia à mesa das negociações. Precisamos de uma coligação antiguerra", acrescentou, citado pela agência de notícias ucraniana Ukrinform.
A Rússia invadiu novamente a Ucrânia na quinta-feira, para proceder à "desmilitarização e desnazificação" do país vizinho, depois de ter anexado a Crimeia em 2014.
O grupo Nove de Bucareste foi formado em novembro de 2015, por iniciativa da Roménia e da Polónia, após a anexação da Crimeia e do início da guerra separatista, com apoio russo, no leste da Ucrânia.
Os líderes dos nove países vão discutir hoje, em Varsóvia, a Ucrânia e a situação da segurança na Europa Central e Oriental, de acordo com a presidência polaca.
"Todos os presidentes confirmaram a sua participação", disse o chefe de política internacional do Presidente da Polónia à agência polaca PAP.
Jakub Kumoch referiu que o Presidente da República Checa, Milos Zeman, irá participar na reunião por videoconferência.
Além de integrarem a NATO, os nove países integraram ou estiveram sob a influência da antiga União Soviética.
A Rússia lançou o ataque contra a Ucrânia depois de ter reconhecido a independência dos territórios separatistas de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia.
Os separatistas pró-russos daqueles dois territórios, combatem as autoridades de Kiev desde 2014, com apoio de Moscovo, numa guerra que tinha provocado mais de 14.000 mortos até ao ataque de quinta-feira, segundo a ONU.
As autoridades ucranianas admitiram hoje que as forças russas estão a aproximar-se da capital, Kiev.